Índia: Bento XVI pede liberdade e diálogo inter-religioso

Papa recebeu grupo de bispos católicos e lembrou viagem de João Paulo II ao país, em 1986

Castel Gandolfo, Itália, 19 set 2011 (Ecclesia) – Bento XVI apelou hoje ao diálogo e ao respeito entre os fiéis das várias religiões, na Índia, sublinhando a “dignidade de cada e todo ser humano”.

Perante um grupo de bispos católicos indianos, em visita ao palácio apostólico de Castel Gandolfo, arredores de Roma, o Papa deixou votos de que a Igreja “promova o bem-estar da sociedade” com uma “atenção continuada à promoção dos direitos básicos – direitos partilhados por toda a humanidade”.

Recordando a visita de João Paulo II à Índia, em 1986, Bento XVI citou o Papa polaco para defender que “o trabalho para a obtenção e preservação de todos os direitos humanos, incluindo o direito fundamental de adorar a Deus segundo os ditames de uma consciência livre, e de professar a fé externamente, deve se tornar cada vez mais um assunto de colaboração inter-religioso a todos os níveis”.

Discursando em inglês, o atual Papa disse que o beato João Paulo II deu “um testemunho autêntico do valor do diálogo inter-religioso” em dias que considerou “memoráveis”.

Nesse sentido, Bento XVI apelou ao respeito pela “ampla e notável presença cristã” no país asiático, considerando que a Igreja “contribuiu para a sociedade e beneficiou a cultura de numerosíssimas maneiras, enriquecendo assim, nesse país [Índia] as vidas de um sem número de cidadãos, não somente dos católicos”.

Aos prelados das dioceses de Agra, Nova Deli, Bhopal e do vicariato apostólico do Nepal, o Papa quis assinalar que o “recurso mais concreto e importante” ao seu dispor “não está nos edifícios, escolas, orfanatos, conventos ou paróquias, mas sim nos homens, mulheres e crianças da Igreja da Índia que trazem a fé para a vida, que dão o testemunho da presença de Deus através de uma vida de santidade”.

Em conclusão, Bento XVI disse rezar para que “os seguidores de Cristo na Índia continuem a ser promotores da justiça, portadores de paz, um povo que respeita o diálogo e adoradores da verdade sobre Deus e sobre os homens”.

OC

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