Incentivar o Estado aplicar a Lei do Mecenato

Apela o Pe. António Boto, Delegado da Santa Sé na Comissão Bilateral para o desenvolvimento da cooperação quanto a bens que integrem o Património Cultural Muitas vezes, as paróquias “têm de fazer um esforço colossal para restaurar estes edifícios que são monumentos nacionais” por isso “temos de incentivar o Estado para que se aplique a Lei do Mecenato” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. António Boto, Delegado da Santa Sé na Comissão Bilateral para o desenvolvimento da cooperação quanto a bens que integrem o Património Cultural. Este sacerdote da diocese de Lisboa – paróquia de Santa Catarina do Monte Sinai (Lisboa) – realça que os restauros feitos nesta Igreja (monumento nacional) “têm sido patrocinados pela Câmara Municipal. O Estado tem dado um mero apoio técnico por falta de verbas”. O diálogo é fundamental mas “temos de olhar caso a caso”. Como “estamos a atravessar uma dificuldade muito grande – crise geral no país – para a cultura (incluindo os edifícios religiosos) não existem verbas” – lamenta o Pe. António Boto. O Estado tem de “incentivar e dar contrapartidas aos particulares”. E exemplifica: em Itália encontramos várias fachadas de Igrejas a serem restauradas e com publicidade (patrocínio de entidades privadas). Ao olhar para a realidade do nosso país, o pároco de Santa Catarina do Monte Sinai realça que existe “uma cultura de incultura”. Os pedidos de ajuda são frequentes – “tenho um altar em risco de se desmontar” – e “não sei quem irá socorrer aquele património”. E aponta soluções: “a Lei do Mecenato tem sido pouco aplicada e deverá ser uma questão a estudar”. Actualmente, o Pe. António Boto pretende restaurar os sinos da Igreja de Santa Catarina do Monte Sinai (são do século XVII e caracterizam uma zona conventual) – “não é por uma questão de carolice” – e ao recorrer a várias entidades, “estas dizem que não”. Ao ser criada uma comissão bilateral para estes assuntos demonstra um certo interesse em resolver estas questões. “Para que não se perca este pedaço da história de Portugal”. E conclui: “as igrejas que são da Igreja têm obrigação de se manter mas, ao mesmo tempo, são expressão da própria cultura de uma determinada zona, época, população. Notícias relacionadas • Comissões da Concordata já estão constituídas

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