Incêndios: Responsáveis católicos saúdam mobilização dos emigrantes em favor das vítimas

Diretora da OCPM espera que ajuda chegue ao terreno sem demoras

Fátima, 24 out 2017 (Ecclesia) – A diretor da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) elogiou hoje em Fátima a “mobilização” dos emigrantes portugueses em favor das vítimas dos incêndios que atingiram o país nos últimos meses.

Eugénia Quaresma sublinha a Agência ECCLESIA o “sentido de urgência” e a “ligação muito forte” destas populações que vivem no estrangeiro a várias das terras mais afetadas pelos fogos florestais.

A responsável falava durante o encontro de missionários que no continente europeu acompanham a diáspora de língua portuguesa, que decorre até sexta-feira, na Casa Beato Nuno, Fátima.

“Queremos que esta ajuda se veja”, acrescentou a diretora da OCPM.

Muitos emigrantes foram “fustigados” pessoalmente, como constatou o padre Victor Cecílio a trabalhar junto da comunidade portuguesa em Friburgo, Alemanha.

“Sentimo-nos impotentes por estarmos longe e isso resulta numa grande recetividade às ações que propomos”, realça.

No último domingo os jovens do coro de Hamburgo começaram uma recolha em dinheiro que continua no próximo domingo; as comunidades de Glinde, Harburgo e Hamburgo também se vão unir para peditórios, adianta a Missão Católica de Língua Portuguesa desta última cidade.

A Missão Católica de Língua Portuguesa do Luxemburgo empenhou-se na recolha de fundos e apoios, em sintonia com a Cáritas Portuguesa, tendo já enviado 6900 euros para o país.

O coordenador da Pastoral de Língua Portuguesa neste país referiu à ECCLESIA que se vive um momento de “muita dor”, lamentando a “polémica” que se tem vivido em volta deste tema.

O padre Rui Pedro anuncia que, a 2 de novembro, vai decorrer no sul do Luxemburgo “um momento de oração e recolhimento”, em memória das vítimas e dos que “foram despojados de tudo”.

Os fogos do dia 15 de outubro causaram pelo menos 45 mortos e 70 feridos, além de elevados danos materiais e ambientais; outras 64 pessoas tinham morrido na sequência dos incêndios que deflagraram em Pedrógão Grande, a 17 de junho.

LFS/OC

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