Incêndios: «Importa que cada um de nós tome consciência da sua responsabilidade», diz reitor do Santuário de Fátima

Padre Carlos Cabecinhas dedica editorial de agosto à «época de fogos» e deixa palavra de elogio ao esforço dos Bombeiros

Foto: Lusa

Fátima, 12 ago 2022 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima apelou à responsabilidade de cada pessoa no combate aos incêndios, rejeitando que a “época dos fogos florestais” seja uma fatalidade, em cada verão.

“Mais do que apontar culpados – cabe às autoridades competentes tratar disso –, importa que cada um de nós teme consciência da sua responsabilidade”, escreve o padre Carlos Cabecinhas, no editorial da edição de agosto da ‘Voz da Fátima’.

O sacerdote alerta para a “assustadora regularidade deste flagelo” dos fogos florestais, sustentando que esta é uma questão que “diz respeito a todos”.

Destacando o impacto dos incêndios, em 2022, o reitor do Santuário de Fátima evoca a “aflição das populações ameaçadas, a destruição das florestas dos campos agrícolas e de casas”.

“Nenhum de nós se pode considerar excluído desta responsabilidade, pois todos podemos fazer alguma coisa e não apenas os proprietários de terrenos florestais ou agrícolas”, aponta.

O padre Carlos Cabecinhas refere que a “esmagadora maioria” dos incêndios tem origem em ação humana, citando a encíclica ‘Laudato Si’, de 2015, em que o Papa Francisco “chama a atenção para a responsabilidade de todos no cuidado pela casa comum”.

“Todos podemos fazer algo pela casa comum que é o planeta em que habitamos, de modo a combatermos as alterações climáticas, que provocam situações extremas como estas vagas de calor associadas a longos períodos de seca”, prossegue.

Foto: Lusa

O editorial conclui com uma palavra também para os bombeiros, os “soldados da paz”, muitos deles voluntários, e todos os que combatem os incêndios.

“Estas pessoas arriscam as suas vidas em prol de todos e são incansáveis no esforço pela salvaguarda da casa comum. É importante que sintam a nossa solidariedade e apoio concreto em todos os momentos, mas sobretudo nestes momentos dramáticos”, conclui.

OC

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