Igreja/Sociedade: Presidente da República distingue jesuíta português, reitor da Universidade Gregoriana de Roma (c/vídeo)

Padre Nuno Gonçalves foi condecorado com a Ordem de Santiago da Espada

 

Foto: Agência ECCLESIA

Lisboa, 23 jul 2018 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa distinguiu hoje o padre jesuíta Nuno Gonçalves, reitor da Universidade Pontifícia Gregoriana (Roma), como Grande Oficial da Ordem de Santiago de Espada.

A cerimónia de condecoração decorreu no Palácio de Belém, Lisboa, na presença de religiosos da Companhia de Jesus, de familiares e amigos do homenageado.

No seu discurso, o chefe de Estado elogiou as “notáveis qualidades” do padre Nuno Gonçalves, das humanas às académicas, que apresentou como “uma personalidade de exceção, escondida por detrás de uma discretíssima reserva”.

Marcelo Rebelo de Sousa quis ainda assinalar o contributo da Companhia de Jesus na história de Portugal, “nunca exaurido e também, neste instante, presente”.

O presidente da República quis sublinhar “quão prestigiante é para Portugal” a atual missão do reitor da Universidade Pontifícia Gregoriana, pelo que esta significa e pelo “peso acrescido na Cúria Romana”.

A intervenção concluiu-se com uma saudação à família do homenageado, em especial ao seu pai, nonagenário.

A Ordem Militar de Sant’Iago da Espada destina-se a distinguir o mérito literário, científico e artístico; no passado, vários padres jesuítas receberam esta condecoração: Luís Archer (1991); Manuel Antunes (1983); Agostinho Veloso (1961); Serafim Leite (1938); e Francisco Rodrigues (1938).

Vídeo: Presidência da República

Após a cerimónia, o padre Nuno Gonçalves disse à Agência ECCLESIA e ao ‘Ponto SJ’ que recebeu a distinção como um “reconhecimento pessoal” que partilha com os Jesuítas em Portugal.

“Foi dos Jesuítas portugueses que recebi as várias missões que tenho desenvolvido no campo da Educação, da Cultura”, precisou.

O religioso evocou vários membros da Companhia de Jesus que receberam a mesma condecoração, como o padre Manuel Antunes, cujo centenário de nascimento se está a celebrar, como “referências do empenho” dos Jesuítas no âmbito cultural e universitário.

“É uma grande responsabilidade, percebo que é uma história que partilho”, assinalou.

Para o reitor da Universidade Gregoriana, a Igreja Católica precisa de uma “grande capacidade de atenção” aos fenómenos culturais, para que seja possível dialogar a partir de uma identidade “muito forte”.

O padre Nuno Gonçalves assumiu os destinos da Universidade Gregoriana em setembro de 2016, após nomeação do Papa Francisco; o responsável abriu as portas da instituição à Agência ECCLESIA e destacou um projeto que é hoje “reflexo da configuração atual da Igreja Católica”.

O religioso, antigo provincial dos Jesuítas em Portugal, foi decano da Faculdade de História e Bens Culturais da Igreja da Pontifícia Universidade Gregoriana, onde foi estudante entre 1983 e 1995.

Nascido em Lisboa, em 1958, o padre Nuno Gonçalves é doutor em História da Igreja e foi o primeiro responsável pelo departamento nacional dos Bens Culturais da Igreja, em Portugal, bem como decano da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa; publicou vários estudos sobre a história missionária portuguesa e da Companhia de Jesus.

A Universidade Gregoriana é uma instituição da Igreja Católica, com sede em Roma, especializada em ciências teológicas e filosóficas.

OC

Notícia atualizada às 19h15

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Agência ECCLESIA

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