Igreja/Sociedade: Responsáveis católicos lamentam falecimento de José Coutinho da Silva

Antigo diretor do Serviço da Pastoral das Migrações da Conferência Episcopal Francesa

Lisboa, 21 abr 2020 (Ecclesia) – José Coutinho da Silva, antigo diretor do Serviço da Pastoral das Migrações da Conferência Episcopal Francesa, faleceu esta segunda-feira, na sequência de doença prolongada.

A Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) presta homenagem ao colaborador dos bispos franceses, que assumiu ainda funções pastorais na comunidade católica de Orleães.

“Foi uma ponte entre a igreja portuguesa e francesa”, assinala Eugénia Quaresma, diretora da OCPM, em nota enviada à Agência ECCLESIA.

D. Januário Torgal Ferreira, bispo emérito das Forças Armadas, acompanhou o trabalho do leigo português em França, recordando-o como “a pessoa mais sensível e capaz” que encontrou no mundo da emigração.

“Foi um português que honrou a Igreja em Portugal e a humanidade”, refere à Agência ECCLESIA.

Para o responsável católico, José Coutinho da Silva foi um “exemplo de integridade e fé, que nunca pedia nada em troca”, destacando a sua atividade “junto dos mais abandonados e desprotegidos”.

O padre Lino Maia, da Diocese do Porto, entrou no Seminário e concluiu o seu curso de Teologia, em 1970, com o falecido emigrante, que recorda como “um homem muito completo”, que se destacava pelas relações humanas e o “grande espírito de serviço”.

Para os colegas era claramente o melhor, tanto em humanidade como na sua vivência eclesial”.

O presidente da CNIS recorda que José Coutinho da Silva procurou responder às necessidades que surgiram no “pico da emigração clandestina” para  França, um trabalho que lhe valeu a admiração da Conferência Episcopal Francesa e do bispo de Orleães, que lhe confiou a responsabilidade de coordenar uma equipa pastoral, numa comunidade com muitos migrantes, em particular magrebinos.

O perfil deste homem devia ser estudado, por aquilo que era e por aquilo que fez”.

 

 

Em entrevista à Agência ECCLESIA, publicada por ocasião do Dia de Portugal em 2016, José Coutinho da Silva falava da sua ligação ao país natal: “Eu sei de onde vim, procuro um caminho para onde vou e há muita gente que o dinheiro os fez esquecer de onde vieram”.

“Na quase totalidade das dioceses de França, os portugueses que se aproximaram ou que se deixaram aproximar pela Igreja têm uma presença importante na vida das diferentes comunidades paroquiais”, assinalava ainda.

PR/LFS/OC

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Agência ECCLESIA

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