Antiga colaboradora sublinha necessidade de conhecer
Lisboa, 07 jul 2022 (Ecclesia) – Alfreda Fonseca, antiga colaboradora de Maria de Lourdes Pintasilgo, afirmou que o pensamento da responsável política continua a ser “extremamente atual”.
“É de toda a justiça que as novas gerações conheçam uma das protagonistas do 25 de abril de 1974 porque o seu pensamento permanece extremamente atual nas variadas áreas”, disse à Agência ECCLESIA a professora de filosofia.
O Centro de Reflexão Cristã (CRC) promove hoje, às 18h30, um colóquio de evocação da figura de Maria de Lourdes Pintasilgo (1930-2004), única mulher que desempenhou o cargo de primeira-ministra em Portugal, tendo chefiado o V Governo Constitucional, em funções de julho de 1979 a janeiro de 1980.
A iniciativa sobre a “mulher, política, católica, que ao longo de muitos anos partilhou as inquietações e os sonhos” pretende divulgar o seu pensamento porque “ela foi uma das protagonistas da implementação do II Concílio do Vaticano em Portugal e no mundo”, frisou Alfreda Fonseca, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).
O colóquio, na Junta de Freguesia da Misericórdia, em Lisboa, tem como tema ‘Maria de Lourdes Pintasilgo: outra maneira de dizer, de equacionar e de imaginar’ e conta com intervenções de Alfreda Fonseca (associada do Metanoia e do CRC, que trabalhou com Maria de Lourdes Pintasilgo); Antónia Coutinho (linguista, membro do movimento do Graal e do Conselho Executivo da Fundação Cuidar o Futuro) e António Marujo (jornalista, diretor do ‘7 Margens’).
Para Alfreda Fonseca é fundamental “refazer a ligação entre a população e a política” e perceber que esta “tem uma dimensão ética de serviço”.
Maria de Lourdes Pintasilgo era uma “voz profética” e que propunha “caminhos novos”, disse a docente de Filosofia.
“Ela tinha uma grande capacidade de realização e congregação de pessoas centrado no projeto do cuidar”, acrescentou.
Alfreda Fonseca trabalhou, diretamente, três anos com Maria de Lourdes Pintasilgo e costuma dizer que “a porta ou caixa do correio dela era uma espécie de agência de Nossa Senhora de Fátima”.
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