Igreja/Sociedade: Bispos lusófonos lembram que missão da paz «nunca está concluída»

Comunicado final manifesta «alegria e comunhão» pela JMJ em Lisboa, que vai contar «com jovens de todos as Igrejas dos países lusófonos»

Nampula, Moçambique, 06 fev 2023 (Ecclesia) – Os bispos dos Países Lusófonos realizaram em Moçambique o seu 15.º encontro, destacando que a Igreja Católica tem “desenvolvido uma intensa e relevante ação” pela paz, a reconciliação nacional e da união das sociedades de língua portuguesa..

“Uma ação discreta, que não deseja protagonismos, mas que é real, e não pode ser esquecida e apagada da história e do presente. Uma ação baseada no amor de Cristo, que passa pela mediação de conflitos, pela caridade em milhares de missões e obras junto daqueles que mais necessitam e sofrem, na promoção da educação onde ela não existe, na promoção do papel da mulher, na promoção de uma cultura de amor, diálogo e encontro”, lê-se num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, com as conclusões deste encontro.

Os bispos dos países lusófonos assinalam que “esta missão nunca está concluída”, e a realidade atual dos diversos países “apela à presença e ação da Igreja que fala português, como construtora de paz”, defensora da dignidade de cada pessoa.

‘A Igreja e a construção da Paz’ foi o tema do XV Encontro dos Bispos dos Países Lusófonos, realizado entre 1 e 5 de fevereiro, na cidade moçambicana de Nampula.

A Igreja Católica nos países lusófonos (bispos, padres, religiosas e leigos), juntamente com muitos outros, tem desenvolvido uma intensa e relevante ação em favor da Paz, da reconciliação nacional e da união das sociedades de qualquer um dos países presentes”.

Os bispos lusófonos lembram que todos são “chamados a intervir e a dar o contributo” nesta construção da paz, vivendo em unidade e verdade de vida, “pela procura do bem comum”, na “denúncia das injustiças, das situações que não dignificam os outros”, e a Igreja Católica quer continuar “na linha da frente, dando voz a todos aqueles que não têm voz”, e apelam “especialmente” a todos os que têm responsabilidade nos “destinos dos países” que procurem “incessantemente a paz”.

Os bispos manifestaram, em particular, “profunda dor e solidariedade” com o povo de Cabo Delgado que, “desde 2017, tem sido vítima de bárbaros atos de violência”, e “alegria e comunhão” pela realização da Jornada Mundial da Juventude 2023 em Lisboa, de 1 a 6 de agosto, e que “contará com a presença de jovens de todos as Igrejas dos países lusófonos”.

Participaram neste encontro delegações de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal – D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra e vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, e Jorge Líbano Monteiro, presidente da Fundação Fé e Cooperação (FEC), que organizou o encontro – São Tomé e Príncipe, através do seu administrador apostólico, e Cabo Verde, pelos meios digitais; o bispo auxiliar de Bissau esteve ausente “por razões de saúde”, e os bispos do Brasil e Timor-Leste “não puderam estar presentes”.

O comunicado informa que o 16.º Encontro de Bispos dos Países Lusófonos vai realizar-se em Portugal, de 2 a 6 de fevereiro de 2025.

Estes encontros são organizados a cada dois anos, desde maio de 1996, pela organização não-governamental para o desenvolvimento católica FEC, com o objetivo fortalecer a comunhão eclesial e promover a cooperação em prol das comunidades lusófonas

CB/OC

 

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