D. José Traquina alertou para ambiente «dominado pela competitividade»
Santarém, 02 jan 2023 (Ecclesia) – O bispo de Santarém afirmou que é necessário “superar o individualismo que caracteriza a cultura” da sociedade e promover “a consciência da vocação social”, este domingo, Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz.
“A competitividade como único critério de vida, não assegura o bem comum da sociedade e, por isso, aumenta o número de pessoas pobres e das que desistem de lutar por um lugar na sociedade; outras enveredam pela criminalidade”, disse D. José Traquina, na homilia enviada à Agência ECCLESIA.
O bispo de Santarém, na Missa do dia 1 de janeiro de 2023, explicou que “ninguém nasce ensinado” e todos necessitam de educação para viver em sociedade e sonhar “um mundo novo, mais humano”.
“É necessário superar o individualismo que caracteriza a cultura da nossa sociedade e promover a consciência da nossa vocação social. Vivemos num ambiente dominado pela competitividade em que falha o sentido do bem comum”, alertou o bispo responsável pela Comissão da Pastoral Social e Mobilidade Humana, da Conferência Episcopal Portuguesa.
D. José Traquina questionou sobre a quem cabe a responsabilidade de pensar a sociedade como um todo e que colaboração cada pessoa pode e deve dar para o bem comum do futuro da sociedade, na Sé episcopal.
No Dia Mundial da Paz, o bispo de Santarém refletiu sobre este tema, assinalando que o Papa Francisco, na mensagem ‘Ninguém pode salvar-se sozinho’, interpela “considerando a vida em sociedade nos últimos três anos”, a pandemia Covid-19, quando se aprendeu “com evidência” que se nasceu “para estar e viver uns com os outros e uns para os outros”, a guerra na Ucrânia, e exorta a combater o “vírus da desigualdade” e à “paz concretizando ações de solidariedade”.
No dia em que a Igreja Católica celebra a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, D. José Traquina explicou que a Virgem Maria era “uma mulher pobre, humilde, confiante e com objetivos de vida”, e continuam a existir “perturbações sociais que levam a recorrer a Nossa Senhora”, a suplicar a sua intercessão e refúgio materno “no meio das mais diversas dificuldades”, como na guerra na Ucrânia.
O bispo de Santarém que presidiu a uma Missa em sufrágio da alma de Bento XVI, a 31 de dezembro, o dia da morte do Papa emérito, na homilia deste domingo, 1 de janeiro de 2023, citou, na homilia, os livros ‘A Alegria da Fé’ (2013), sobre Nossa Senhora e a natividade, e em ‘Luz do Mundo – O Papa e os Sinais dos Tempos’ (2010), sobre as aparições aos pastorinhos na Cova da Iria.
Bento XVI faleceu às 09h34 (menos uma em Lisboa) na manhã do último dia de 2022, 31 de dezembro, no antigo mosteiro ‘Mater Ecclesiae’, do Vaticano, onde residia desde 2013, após a sua renúncia ao pontificado.
O corpo do Papa emérito está exposto para a veneração dos fiéis até ao funeral marcado para esta quinta-feira, sob a presidência do Papa Francisco.
CB/OC