D. António Luciano agradece também aos profissionais de saúde e assistentes espirituais pelo trabalho realizado neste tempo de pandemia
Viseu, 08 Mar 2021 (Ecclesia) – O Bispo de Viseu escreveu uma nota sobre São João de Deus onde destaca a “grandeza” do testemunho e o desafio da “hospitalidade como regra” de vida” deste santo nascido em Montemor-o-Novo.
“Distinguiu-se no serviço do amor fraterno, na caridade autêntica, no cuidado exemplar, com espírito de hospitalidade ao serviço dos pobres, dos doentes e dos marginalizados da sociedade”, escreveu D. António Luciano na mensagem enviada à Agência ECCLESIA.
Este santo lusitano sempre esteve “atento aos sinais dos tempos” e o “método de cuidar dos doentes e as formas inovadoras de terapêutica”, fizeram da Ordem de São João de Deus masculina e feminina “uma referência no cuidado dos doentes mentais”, realça o documento.
O Bispo de Viseu dá os parabéns aos Irmãos de São João de Deus e às Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, à Fundação São João de Deus e a tantas instituições de leigos, que no nosso país, “particularmente nestes tempos difíceis da pandemia souberam estar na linha da frente”.
“As infeções por Covid-19 levaram tantos doentes a internamento hospitalar e outros morreram, fragilizando o Serviço Nacional de Saúde, o Privado e também o Social”, sublinha a nota.
Na mensagem, o prelado de Viseu realça também que estes últimos tempos causaram “tanto sofrimento, provação, dor” com rotura nos serviços de saúde, hospitalares e outros, com a construção de hospitais de retaguarda.
“O acompanhamento de doentes com outras patologias sem poderem ser atendidos, um número elevado de mortes e tanta gente que ficou mergulhada na dor do luto, na solidão e na ausência de poder até despedir-se dignamente dos seus familiares e amigos”, acrescenta.
Apesar deste sofrimento, D. António Luciano agradece “o trabalho exaustivo do governo, de toda a comunidade científica na esperança da produção de vacinas, que acabaram por chegar e já estão a ser utilizadas no terreno”.
“Tudo isto foi um sinal de grandeza científica, de esforços solidários, económicos, sociais e espirituais de um valor moral de preço incalculável. Esperamos juntos, que depressa a sua administração se realize e crie a tão desejada imunidade de grupo”, reforça.
Neste tempo em que se fala tanto em desconfinar “é preciso fazê-lo com regras, por fases, com responsabilidade, com princípios éticos e de forma gradual”, aconselha o Bispo de Viseu.
Neste dia em que a Igreja lembra a comemoração de São João de Deus, e por ser o dia 08 de março, “Dia Internacional da mulher”, D. António Luciano presta-lhe homenagem “por todo o serviço realizado na dimensão do feminino durante a pandemia que estamos a viver”.
Na parte final da mensagem, o Bispo de Viseu deixa uma palavra de “estima e estímulo espiritual com gratidão pelo testemunho de São João de Deus a todos os capelães hospitalares, assistentes espirituais e religiosos, pelo trabalho magnífico que realizam ao serviço dos doentes, dos profissionais e das famílias, particularmente neste período tão difícil da pandemia”.
LFS