Igreja: Santuário de Santa Rita tem uma relíquia biológica de São João Paulo II

Lugar de peregrinação em Ermesinde celebrou pela primeira vez a festa do Papa polaco

Lisboa, 29 out 2019 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho e Mão Poderosa e da Santa Rita afirmou que existe “também uma devoção grande” a São João Paulo II neste local que tem uma relíquia “biológica” do Papa polaco.

“Neste dia 27 de outubro, próximo da data da sua festa litúrgica, fizemos a entronização da relíquia, que é uma relíquia biológica, um pedacinho do seu cabelo, para veneração dos fiéis”, disse o padre Samuel Guedes da Diocese do Porto.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o reitor do santuário localizado em Ermesinde assinala que quando se tem a relíquia de um santo é “um pedaço da vida que está ali”.

O sacerdote que é reitor do santuário diocesano desde o ano pastoral 2018/2019 realça que “durante as celebrações” e outros dias vê “as pessoas diante da imagem a rezar”.

Esta quarta-feira, a partir das 21h00, o Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho e Mão Poderosa e da Santa Rita dá continuidade à memória do santo polaco e vai receber uma conferência da jornalista Aura Miguel, do Grupo Renascença Multimédia, que acompanha as viagens dos Papas desde 1987, quando integrou a comitiva de João Paulo II que visitou a Polónia.

O padre Samuel Guedes adiantou que pediu à vaticanista portuguesa para falar a partir da “grande frase” do Papa “Não tenhais medo”, com que Karol Wojtyla inaugurou o seu pontificado, em 1978.

O bispo auxiliar do Porto, D. Armando Esteves Domingues, presidiu à Missa e disse que hoje “é necessária coragem para viver com amor as provas e com honestidade as tarefas no mundo”.

“O cristão não é indiferente perante o mal e as injustiças. Procura meios para fazer a diferença”, afirmou na homilia da Santuário de Santa Rita, a santa das causas impossíveis.

D. Armando Esteves Domingues destacou também o “exemplo” de como o Papa polaco viveu a doença e se preparou para a morte, “uma incrível capacidade de aceitação do sofrimento até ao fim, certo de que o seu apostolado diante de todos os que sofrem também passava por este testemunho”.

A Eucaristia dominical terminou com a bênção dos doentes, um “momento muito emotivo”, e o reitor assinala que passaram “cerca de 3000 pessoas” pelo santuário, “a contar pelas pagelas” distribuídas num “dia muito grande e de uma intensidade fora de série”.

A Igreja Católica celebra no dia 22 de outubro a festa litúrgica de São João Paulo II e, neste contexto, o padre Samuel Guedes afirmou que se está “a viver um tempo bonito”, recordando que o Papa Francisco evocou a sua figura pelos 41 anos da eleição pontifícia e a Polónia começou as comemorações do centenário do seu nascimento (1920-2005).

O santuário de Ermesinde, “bastante antigo”, foi fundado em 1745 com os Ermitas de Santo Agostinhos, e “é muito visitado”; “ao ver tanta afluência”, o bispo do Porto D. António Ferreira Gomes o declarou o local de culto como santuário diocesano, em 1956.

O padre Samuel Guedes assinala que ali recebem muitas pessoas todos os dias, “muitas mais ao fim de semana”, “algumas com quilómetros significativos”.

A primeira Missa, às 07h30, “está cheia de pessoas dos vários lugares, ainda com os coletes vestidos”.

Para o futuro, o reitor do Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho e Mão Poderosa e da Santa Rita adianta que já começou a conversar com o bispo diocesano, D. Manuel Linda, sobre como “responder a esta procura” crescente, uma vez que tem o local tem de ser um “espaço para acolhimento de celebrações, mas também para acolhimento da cultura e para atividades que ajudam na evangelização e no acolhimento de peregrinos”.

PR/CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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