Igreja reconhece e estimula participação dos leigos

Reconhecimento do trabalho desenvolvido e um conhecimento maior para que os movimentos e associações trabalhem em conjunto, foi a percepção a que os participantes das XII Jornadas do Apostolado dos Leigos chegaram este fim de semana. Este encontro anual que pretende congregar os vários carismas da acção laical da Igreja Católica teve por tema “Ele não nos poupa o cansaço de aprender o modo de nos relacionarmos uns com os outros”. De uma forma mais concreta, mas seguindo os temas anteriores da nova evangelização, Benjamim Ferreira, director do Secretariado Nacional do Apostolado dos Leigos e da Família (SNALF), afirma à Agência ECCLESIA que “a nova evangelização implica o relacionamento entre as pessoas dos vários movimentos e entre os próprios movimentos também”. Os cerca de 100 participantes dos vários movimentos do apostolado laical ganham a consciência da especificidade de cada uma das realidades sociais que como instituições e associações têm, mas também “o papel importante de relacionamento entre si”, sublinha Benjamim Ferreira. O director do SNALF reconhece o caminho percorrido ao longo dos últimos anos por todos os movimentos, “um caminho de comunhão fraterna, de conhecimento recíproco que potencia em muito o trabalho específico de cada uma das associações”, assinala. Decorrente deste caminho conjunto “houve um encorajamento maior ao trabalho que cada um já desenvolve”, e surgiram também sugestões para a promoção de uma publicação sobre as características dos vários movimentos. A hipótese de um congresso dos vários movimentos, “manifestando o desejo de ir mais longe no conhecimento recíproco e comunhão” é possível de concretizar. “Estas ideias terão de ser amadurecidas e trabalhadas”, garante Benjamim Ferreira, relembrando o exemplo do encontro mundial que houve entre o Papa e os movimentos e novas comunidades eclesiais. O SNALF regista uma integração grande por parte dos leigos “tanto a nível individual como em associações”, assinalando uma conciência cada vez maior da importância dos leigos na Igreja e no mundo. Segundo o director do SNALF “também a nível da hierarquia da Igreja, para além de um reconhecimento que não é novo, há um envolvimento grande para que os leigos e as associações laicais tenham um papel assumido e activo na Igreja e no mundo”. Os movimentos e associações adquirem uma fisionomia que “mais que laical se poderia assumir como eclesial”, regista Benjamim Ferreira, porque cada vez mais pessoas de várias vocações, que trabalham em diferentes áreas da sociedade, de várias idades, integram os dinamismos eclesiais. “Vai continuar a falar-se de apostolado dos leigos e associações laicais porque no essencial são de facto assim, mas internamente cada vez mais são pessoas que partilham várias vocações e condições sociais”, finaliza.

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