D. Rui Valério, delegado dos bispos para as relações com Institutos de Vida Consagrada, acompanhou assembleia da CIRP
Fátima, 21 nov 2023 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa assumiu o desafio de manter viva a “chama” que a JMJ 2023 despertou na Igreja, com os percursos de preparação e a sua celebração, no mês de agosto, sob a presidência do Papa.
“Manter viva a chama do entusiasmo, da alegria, da esperança e da comunhão que a Jornada Mundial da Juventude nos deixou”, disse D. Rui Valério à Agência ECCLESIA.
O responsável, delegado da Conferência Episcopal para as relações bispos/Vida Consagrada, participou na XXXVI Assembleia Geral da CIRP, que se concluiu hoje e que debateu, entre outros temas, os desafios deixados pela JMJ.
Segundo D. Rui Valério, “os momentos mais marcantes, mais intensamente vividos pelos jovens no decorrer da JMJ, foram precisamente aqueles em que Cristo está de forma real através da Eucaristia, da adoração, através da Penitência, da misericórdia”.
Os jovens, acrescentou, “estão fascinados e tocados por esta dimensão da estética, do belo, da beleza”, realçando a importância das dimensões do “acolhimento e a hospitalidade”, bem como do “silêncio”.
“É, sobretudo, um momento para tomarmos consciência do que os jovens nos disseram: o fascínio que continuam a nutrir e a alimentar, antes de mais, por um Cristo vivo, um Cristo que se torna presente, que se torna experiência de vida, que se torna próximo”, precisou.
A assembleia da CIRP decorreu desde segunda-feira, em Fátima, com o tema ‘Renovação do modo de ser Igreja em chave de sinodalidade’.
A iniciativa reuniu cerca de 160 consagrados, entre superiores maiores, religiosos convidados e elementos dos secretariados regionais e comissões nacionais.
“Seguindo o método sinodal, na escuta atenta do Espírito e uns dos outros, em pequenos grupos, a assembleia foi convidada a refletir dois assuntos: os desafios que hoje se apresentam à Vida Consagrada, tendo como ponto de partida a vivência da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023; e a identificação de lugares e instrumentos adequados para promover, na Vida Consagrada, encontros e formas de colaboração em espírito sinodal, partindo do relatório de síntese da primeira sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos”, indica a mensagem conclusiva, enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Sobre os desafios para a Vida Consagrada no pós-JMJ, os participantes identificaram a necessidade de “formar para a multiculturalidade para derrubar muros e aceitar as diferenças”.
Os responsáveis apontam à necessidade de “confiar nos jovens e na novidade que trazem consigo, acolhendo-os sem preconceitos”, para passar “de uma pastoral de eventos a uma pastoral de acompanhamento e processos”.
OC