Igreja/Portugal: Papa nomeia novo bispo da Diocese de Beja (c/vídeo)

D. Fernando Paiva, até agora vigário-geral em Setúbal, sucede a D. João Marcos

 

Cidade do Vaticano, 21 mar 2024 (Ecclesia) – O Papa nomeou hoje D. Fernando Paiva, de 61 anos, como bispo da Diocese de Beja, sucedendo no cargo a D. João Marcos, que apresentou a sua renúncia, informou a Nunciatura Apostólica em Portugal.

“Tenho o desejo e a intenção de, assim que possível, a todos conhecer. Os primeiros tempos entre vós serão sobretudo tempos de escuta e de conhecimento das pessoas, das instituições, das situações”, escreve o novo responsável, na sua saudação à diocese alentejana, enviada à Agência ECCLESIA.

O 15.º bispo de Beja era, até agora, um dos vigários-gerais da Diocese de Setúbal.

D. Fernando Paiva nasceu a 26 de novembro de 1962 em Oliveira (São Pedro do Sul), Diocese de Viseu; antes de entrar no Seminário, obteve a Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, no Instituto Superior Técnico de Lisboa.

Frequentou os estudos de filosofia e teologia no Seminário Diocesano de São Paulo de Almada, tendo obtido a Licenciatura em Teologia na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, em 2004.

D. Fernando Maio de Paiva foi ordenado sacerdote a 10 de abril de 2005 por D. Gilberto Canavarro dos Reis; em Setúbal era pároco de Nossa Senhora da Anunciada, tendo sido membro do Colégio de Consultores e da Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis; em dezembro de 2023 foi nomeado, por D. Américo Aguiar, como vigário-geral da Diocese de Setúbal.

Entre 2005 e 2017 desempenhou diferentes funções no Seminário Maior de São Paulo de Almada: primeiro como prefeito e ecónomo e posteriormente como vice-reitor; foi ainda responsável pelo acompanhamento dos novos padres e pela formação permanente do clero.

Em 2013 obteve o Mestrado em Filosofia da Religião e Fenomenologia Religiosa, na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.

Na sua primeira mensagem à diocese, o novo bispo começa por agradecer a “confiança” do Papa Francisco, assumindo a “surpresa” pela nomeação.

O responsável destaca que, “à luz da sinodalidade”, as comunidades são chamadas a “encontrar, na força do Espírito Santo, os caminhos para viver na verdade e na caridade, anunciando a Boa Nova de Jesus”.

Foto: João Marques/Diocese de Setúbal

D. Fernando Paiva saúda D. João Marcos e D. António Vitalino, bispos eméritos de Beja, bem como todos os membros das comunidades católicas da diocese, bem como os responsáveis das entidades oficiais.

O novo bispo de Beja manifesta a sua “disponibilidade de trilhar caminhos de entreajuda, na valorização da dignidade da pessoa humana e na promoção do bem comum”.

Saúdo com afeto todos os que estão doentes, presos, isolados e em qualquer situação de sofrimento e maior vulnerabilidade. Tendes um lugar muito especial no meu coração e na minha oração. Saúdo, por fim, as mulheres e os homens de boa vontade, que residem no vasto território da Diocese de Beja, todos, as crianças, os jovens, os adultos e os de idade mais avançada”.

O responsável católico agradece à Diocese de Setúbal e o “encorajamento” do seu bispo, o cardeal D. Américo Aguiar, saudando os bispos portugueses.

D. Fernando Paiva refere ter sabido da nomeação episcopal na proximidade da Solenidade de S. José (19 de março).

“Descobri, com alegria, que é também o padroeiro da Diocese de Beja, invocado como S. José Operário. Assim, apoiado também nestas boas razões, confio-me e à nossa Diocese de Beja, que está desde já bem presente no meu coração e na minha oração, à proteção de S. José e à intercessão de Nossa Senhora, Mãe da Igreja. Peço humildemente que rezeis por mim e pela missão que me é confiada”, conclui.

OC

D. João Marcos era bispo de Beja desde 3 de novembro de 2016, dia em que sucedeu a D. António Vitalino, após ter sido nomeado por Francisco como coadjutor da diocese alentejana a 10 de outubro de 2014, com direito de sucessão.

Beja (então Pax Julia) tem cátedra episcopal desde o ano 531, sendo seu primeiro bispo histórico Santo Apríngio; em 754 esta cátedra desapareceu, tendo a diocese sido restaurada em 1770, pelo Papa Clemente XIV, sendo o primeiro bispo da diocese D. Frei Manuel do Cenáculo.

Com cerca de 12 300 km2, é a segunda diocese mais extensa de Portugal, englobando 14 concelhos do distrito de Beja e os de Grândola, Santiago do Cacém e Sines, do distrito de Setúbal.

D. João Marcos, que completa 75 anos a 17 de agosto, foi nomeado administrador apostólico da Diocese de Beja até à tomada de posse canónica do novo bispo.

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Agência ECCLESIA

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