Igreja/Portugal: Escolas católicas esperançadas em «mudanças das políticas educativas»

Representantes nacionais participaram em Assembleia Geral do Comité Europeu

Foto: Educris

Lisboa, 29 abr 2024 (Ecclesia) – O presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) mostrou-se “esperançado” numa mudança de políticas governamentais em relação a estas instituições, em Portugal.

“Após os resultados eleitorais das eleições legislativas, com a chegada ao poder de um governo de centro-direita, existe uma esperança latente de mudança em certas políticas dominantes durante as últimas duas décadas e claramente opostas à liberdade de expressão e à educação privada”, referiu Fernando Magalhães, durante a intervenção que proferiu na 102ª Assembleia Geral do Comité Europeu das Escolas Católicas.

O encontro decorreu na cidade norueguesa de Bergen, entre sexta-feira e sábado.

Perante os representantes de instituições católicas de ensino de toda a Europa, o responsável português anunciou a realização do “II Congresso Nacional das Escolas Católicas”, a decorrer a 10 e 11 de outubro próximo, e que se “desenvolverá em torno dos oito compromissos do Pacto Educativo Global”.

“Estamos a celebrar o 25º aniversário da APEC sob o tema do Pacto Educacional Global, um grande desafio que o Papa Francisco nos lança desde 2019”, afirmou Fernando Magalhães, citado pelo portal Educris, do Secretariado Nacional da Educação Cristã.

As escolas católicas portuguesas tomaram posição pública, por duas vezes nos últimos meses, sobre a importância da pessoa, nomeadamente sobre a sua primazia, sobre a importância da família e sobre a teoria de género”.

O presidente da APEC abordou também as “várias iniciativas formativas já desenvolvidas” no âmbito da proteção de menores, em particular a colaboração formal com o Grupo VITA.

“Desta colaboração implementou-se um plano formativo, em diferentes níveis, para agentes educativos de escolas católicas, sobre a temática em questão neste contexto”, precisou.

No final da intervenção, o responsável nacional da APEC deu conta da sua entrada no Conselho Nacional de Educação como “representante das organizações religiosas portuguesas”.

O Conselho Nacional de Educação é um órgão independente com funções consultivas, responsável pela produção de pareceres, recomendações e contributos, por iniciativa própria ou a pedido da Assembleia da República (AR) ou do governo.

Foto: Educris

O encontro contou ainda com a presença de Jorge Cotovio, secretário-geral da APEC, e de Fernando Moita, diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), o qual considerou que esta 102ª Assembleia Geral do Comité Europeu é uma oportunidade para “reforçar a identidade da Escola Católica”, demonstrando “uma pertença a uma identidade nacional e europeia num exercício continuo de cidadania”.

“As Escolas Católicas têm um papel fundamental na construção de uma Europa social e humanista que conhece e reconhece a sua herança judaico-cristã e a reaviva criativamente, de modo a poder viver os valores e os pilares da dignidade da vida humana, em todas as circunstâncias”, assinalou, em declarações divulgadas pelo Educris.

Os participantes na assembleia assumiram a preocupação pela “falta de professores” que vai condicionar “toda a qualidade do ensino” na Europa.

O padre Petro Maiba, representante das escolas católicas ucranianas, apresentou “relatos dramáticos, números impressionantes quanto a escolas destruídas”.

OC

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