Igreja/Portugal: Dioceses do centro propõem carta do Papa aos jovens em formato multimédia

«Cristo Vive» foi assinada por Francisco após Sínodo de 2018

Lisboa, 05 nov 2019 (Ecclesia) – O setor da Pastoral Juvenil das dioceses do centro de Portugal (Coimbra, Guarda, Aveiro, Viseu, Leiria-Fátima, Santarém e Portalegre-Castelo Branco) lançaram uma proposta multimédia para “ver, ouvir e ler” a carta do Papa aos jovens.

“Na sequência do Sínodo sobre os jovens e com os jovens, em outubro de 2018, provenientes de vários países, incluindo Portugal, o Papa Francisco assinou uma carta que te é dirigida com título ‘Cristo Vive’”, refere uma nota divulgada pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ).

O projeto segue os capítulos do texto do Papa Francisco e vai ser divulgado ao longo dos próximos meses, através da página do DNPJ, com a hashtag #CRISTOVIVECLICK

A 2 de abril deste ano, o Vaticano apresentou a exortação apostólica ‘Cristo Vive’, dedicada aos jovens, na qual se desafiam as novas gerações a uma entrega “aos outros” e à descoberta da sua vocação.

O documento deu sequência à assembleia do Sínodo dos Bispos que decorreu em outubro de 2018, sobre a relação entre os jovens e a Igreja Católica, antecedido por um inquérito global que envolveu milhares de pessoas, crentes e não-crentes.

O Papa realça que os jovens reclamam uma Igreja que “escute mais” e que não passe a vida a “condenar o mundo”, capaz, entre outros temas, de dar “atenção às legítimas reivindicações das mulheres que pedem mais justiça e igualdade”.

Francisco dedica a sua atenção ao discernimento vocacional, defendendo que a Igreja deve ajudar a descobrir “aquilo que Jesus quer de cada jovem”.

Em causa, indica o pontífice, não está a preocupação em “ganhar mais dinheiro”, fama ou prestígio social, mas um sentido para a vida, que pode incluir “a possibilidade da consagração a Deus no sacerdócio, na vida religiosa ou noutras formas”.

A exortação elenca um conjunto de personagens bíblicas que assumiram protagonismo, na sua juventude, e 12 jovens santos e beatos, para mostrar que mais novos são “o presente”, num mundo em que a sua realidade é cada vez mais plural.

Retomando o que foi dito no Sínodo 2018, Francisco admite que a moral sexual pode ser, muitas vezes, “causa de incompreensão e de afastamento da Igreja, visto que é percebida como um espaço de julgamento e de condenação” pelos mais novos.

Ao mesmo tempo, prossegue, os jovens manifestam “um desejo explícito de se confrontarem sobre as questões relativas à diferença entre identidade masculina e feminina, à reciprocidade entre homens e mulheres e à homossexualidade”.

A Exortação apostólica pós-sinodal ‘Cristo Vive’, dividida em nove capítulos e 299 pontos, foi assinada a 25 de março, no santuário mariano do Loreto (Itália).

OC

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Agência ECCLESIA

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