Igreja/Portugal: «Diálogo sem fronteiras» é o caminho para a missão da Igreja – Padre Adelino Ascenso (c/vídeo)

Superior geral da Sociedade da Boa Nova destaca importância do Congreso Missionário 2022

Lisboa, 19 set 2022 (Ecclesia) – O padre Adelino Ascenso, superior geral da Sociedade Missionária da Boa Nova, disse à Agência ECCLESIA que a missão da Igreja passa por um “diálogo sem fronteiras”, uma opção “incontornável” para os católicos.

“A missão em si terá de passar por aí, pelo diálogo sem fronteiras”, referiu o sacerdote, projetando o Congresso Missionário 2022, que vai decorrer em Lisboa, entre 14 e 15 de outubro.

O entrevistado adianta que “existem algumas atividades, essencialmente no campo do diálogo inter-religioso e campo intercultural” que mostram o caminho percorrido, em Portugal.

As congregações missionárias e a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) a organizar o congresso ‘Fraternidade sem fronteiras’, que vai decorrer no auditório Cardeal Medeiros, da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

O entrevistado desta segunda-feira no Programa ECCLESIA (RTP2) sublinha que é preciso pensar o diálogo “em três focos ou portais importantes: diálogo inter-religioso; diálogo com os indiferentes e diálogo com a cultura”.

O superior geral da Sociedade Missionária da Boa Nova salienta que o missionário “não pode ir diretamente converter, ele deve ir para acompanhar as pessoas”.

“Os missionários devem ir abertos ao diferente, só assim se pode trilhar um caminho”, acentua o padre Adelino Ascenso, antigo missionário no Japão.

O acompanhamento “moldou a forma de ser missionário” porque “o proselitismo pode provocar crispações e afastamentos”, acrescenta.

Em vez de irmos converter pessoas, nós vamos em primeiro lugar para nos convertermos a nós próprios. E penso que o paradigma da missão terá de passar um pouco por aí: Não termos a pretensão de que vamos converter alguém mas termos o desejo bem vincado de nos convertermos a nós próprios”.

O sacerdote sublinha que o Congresso Missionário 2022 quer ser “um serviço que a Igreja presta aos participantes”, tanto para as pessoas que vão estar como para quem vai acompanhar este encontro pelos meios digitais.

“Se vivemos com paixão a nossa fé, nós transmitimos isso através do testemunho, forma de agir e não é necessário palavras”, afirmou.

O congresso inclui seis conferências e dois painéis – sobre as religiões monoteístas e sobre as religiões místicas, o hinduísmo, o budismo e o catolicismo.

A organização do congresso missionário convidou o prefeito do Dicastério para o Diálogo Inter-Religioso (Santa Sé), cardeal Miguel Ángel Ayuso Guixot, para apresentar a “Fraternidade sem Fronteiras e o Documento de Abu Dhabi”; ainda no primeiro dia, vão intervir a reitora da UCP, Isabel Capeloa Gil, e Guilherme d’Oliveira Martins.

No segundo dia, os participantes vão ouvir D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima e presidente da CEP; Diana de Vallescar Palanca, sobre interculturalidade e diálogo inter-religioso; e o cardeal José Tolentino Mendonça, bibliotecário e arquivista da Santa Sé.

As inscrições online podem ser efetuadas no sítio online da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e das Obras Missionárias Pontifícias – Portugal, onde também pode ser consultado o programa, descarregado o cartaz e o desdobrável com várias informações.

HM/LFS/OC

 

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