Igreja/Política: Secretário de Estado do Vaticano defende reforma da ONU

Cardeal Pietro Parolin acredita que organização precisa de ser mais democrática e de abrir as suas decisões a mais países

Cidade do Vaticano, 23 abr 2014 (Ecclesia) – O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, defende que a Organização das Nações Unidas (ONU) necessita de uma reforma que a torne “mais democrática” entregando “o poder a mais países”.

“O mundo mudou muito desde que a organização foi criada no final da II Guerra Mundial, todavia não é fácil outorgar à ONU um poder efetivo para que se consiga manter a paz (a sua missão fundamental), sem que este poder esteja apenas nas mãos de alguns países. Uma ONU forte, porém democrática, seria uma bênção para todos”, disse em entrevista ao jornal oficial do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’.

Tais mudanças implicam na opinião do secretário de Estado da Santa Sé, “uma reforma da ONU”, para que esta seja uma organização “forte, porém democrática”.

“A ONU é um organismo benemérito e, apesar das suas limitações, é melhor que exista do que não exista”, afirmou ainda o cardeal italiano, numa entrevista concedida por ocasião da publicação do livro ‘O Papa da paz. A herança dos Santos Roncalli e Wojtyla para o Papa Francisco’, da autoria de Nina Fabrizio e Fausto Gasparrone.

A Santa Sé marca presença nas Nações Unidas com o estatuto de “observador permanente” e não como membro da organização, podendo por isso manter a sua neutralidade.

“A Igreja não está presente para defender os seus próprios direitos nem para invocar privilégios para si mesma, mas para defender os direitos de cada homem e de cada mulher, especialmente se estes são violados”, sublinha o cardeal Pietro Parolin.

RV/MD

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