«Apesar de ser em Portugal vai ser uma Jornada em casa, vamos estar todos a falar a mesma língua», destacou Valdir Semedo, da delegação de Cabo Verde
Lisboa, 17 jul 2023 (Ecclesia) – A edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Portugal, de 1 a 6 de agosto, vai ter a marca da lusofonia, com peregrinos de Angola e Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, Brasil e Timor-Leste.
“Desde o começo da Jornada em Portugal que sempre tivemos este sonho de ter presença grande dos países da lusofonia, por isso, a relação, desde o princípio, foi de proximidade, de visita também, e convidar a estar”, disse à Agência ECCLESIA Maria Aleluia Ribeiro Telles, do Comité Organizador Local (COL) da JMJ Lisboa 2023.
A jovem da Direção ‘Caminho 23’ recordou que o COL se deslocou a todos os países lusófonos para fazer esse convite à participação e, em alguns casos, essas visitas realizaram-se no contexto dos encontros nacionais da Pastoral da Juventude.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar, e outras direções do Comité Organizador Local, foram ao Brasil, de 26 de agosto a 12 de setembro de 2022; em Angola, o COL participou na Jornada Nacional da Juventude, entre 9 e 13 de novembro de 2022, em Benguela, e a viagem continuou por Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
Segundo Maria Aleluia Ribeiro Telles existe “uma expectativa alta” desta participação lusófona, motivada pela “proximidade” que desenvolveram, e adianta que de Angola esperam “cerca de 1000” peregrinos, de Moçambique entre 500 e 600, da Guiné-Bissau, “cerca de 150”, e de Timor-Leste, “uma viagem mais exigente por isso um número menor”, “cerca de 100”, “mas com uma preparação muito ativa”.
A entrevistada, da Direção ‘Caminho 23’ da JMJ Lisboa 2023, refere que esperam de São Tomé e Príncipe “um número bastante significativo” de 650 peregrinos, é um país “muito mais pequenino, que se tem mexido bastante nesta organização da Jornada”.
Valdir Semedo, da delegação de Cabo Verde para a JMJ Lisboa 2023, destaca que para a edição portuguesa têm “um maior número de jovens em relação a Jornadas anteriores”, muito pela ligação, pela relação, “institucional entre os Estados de Cabo Verde e de Portugal”, quer pela proximidade cultural.
“Temos um número a rondar os 800 peregrinos, não é comum devido à nossa realidade. Não é fácil para nós jovens, em Cabo Verde, participar em grande número nas Jornadas e temos abraçado essa oportunidade com muita alegria, com muita esperança e entusiasmo”, acrescentou, em entrevista ao Programa ECCLESIA, transmitido hoje na RTP2.
Já Mariana Lane, da Pastoral Juvenil da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), explicou que “muitos brasileiros” estão a se organizar para vir para a JMJ Lisboa, mas também, na semana anterior de 26 a 31 de julho, para participar nos ‘Dias nas Dioceses’.
Neste contexto, assinalou que a visita de elementos do COL ao Brasil “animou os jovens de todas as partes, do norte, do nordeste, do sul”, uma peregrinação à Jornada “também em unidade falando a mesma língua e todo o mundo se sentindo irmão”.
“12 mil brasileiros são a estimativa da CNBB”, disse Mariana Lane, referindo também que a Pastoral Juvenil da CNBB “preparou subsídios” para quem não pode viajar viver “principalmente os dias mais significativos” da JMJ nas suas realidades, paroquiais e diocesanas.
Valdir Semedo afirma que o encontro mundial “é uma oportunidade de intercâmbio, de partilha e de cultura, que vai ser estupendo”: “Apesar de ser em Portugal, vai ser uma Jornada em casa, vamos estar todos a falar a mesma língua. Isso é muito importante de destacar e vamos aproveitar e tirar o maior proveito disso”.
Os jovens das duas dioceses de Cabo Verde – Mindelo e Santiago – vão estar em Portugal durante três semanas, chegam para os Dias nas Dioceses, onde vão ficar na Paróquia da Azoia, na Diocese de Leiria-Fátima, participam na JMJ Lisboa, de 1 a 6 de agosto, e ficam durante mais uma semana.
PR/CB/OC