Os bispos alemães pediram perdão às vítimas dos abusos sexuais cometidos em algumas escolas dos jesuítas na Alemanha entre as décadas de 70 e 90.
Na conferência de imprensa de abertura da reunião plenária da Conferência Episcopal Alemã, em Friburgo, o presidente do episcopado católico, D. Robert Zoellisch, adiantou que tratará do assunto com Bento XVI, durante uma reunião no Vaticano, em Março.
Na semana passada, Bento XVI qualificou os abusos sexuais contra menores como um “crime odioso” e “pecado grave”.
“O abuso sexual contra um menor é sempre um crime horrendo. Uno-me à afirmação do Papa Bento XVI e peço perdão a todos aqueles que foram vítimas de tais crimes”, declarou o Arcebispo Zoellisch.
A Igreja Católica na Alemanha quer discutir como restabelecer, nesta difícil situação, a reputação das escolas católicas. “O abuso tem um peso particular quando se refere à Igreja, porque crianças e adolescentes têm uma confiança particular nos padres”, destacou.
O presidente da Conferência Episcopal assegurou que os bispos alemães denunciarão todos os casos de que tiverem conhecimento e prometeu investigar a fundo os episódios revelados.
Casos de abuso sexual foram revelados em pelo menos sete escolas e outras instituições católicas do país. Os Jesuítas, os primeiros a serem afectados pelo escândalo, abriram a sua própria investigação e as 27 dioceses alemãs devem fazer o mesmo.
O escândalo veio a público quando o Padre Klaus Mertes, reitor da escola Canisius, em Berlim, administrada pelos jesuítas, divulgou em Janeiro passado que tinham sido cometidos abusos no colégio, décadas atrás.