D. José Ornelas, bispo de Setúbal, falou sobre a reestruturação deste setor em curso na diocese
Lisboa, 25 jan 2017 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal destacou a importância da Igreja Católica não descurar a atenção às mudanças que estão a tomar conta do mundo da comunicação, e que afetam todos os setores pastorais.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. José Ornelas refere o setor da Família, que vai dominar o programa pastoral da diocese sadina nos próximos anos.
Para aquele responsável, “o fator comunicativo, através das grandes redes sociais, lança novos desafios e oportunidades à Família” e “à autoridade da Família, da Escola, da Igreja Católica”.
“O mundo da comunicação que se faz através de cada um no seu quarto, no seu telemóvel, tem de ser objeto de um diálogo, de uma vida dentro da família. Ignorar isto significa ignorar grande parte do mundo de hoje das nossas crianças, dos nossos jovens”, aponta o prelado.
No que toca à dinâmica da Diocese de Setúbal, o setor da comunicação está a ser “um dos primeiros setores que se está a tentar reestruturar”.
Isto depois do final da edição em papel do jornal semanário diocesano ‘Notícias de Setúbal’, uma publicação que, para D. José Ornelas, “fez a sua época e o seu serviço” mas que era “preciso mudar a imagem e a forma de comunicar”.
“Porque as pessoas mudaram de hábitos e de veículos utilizados para comunicar entre si”, numa era que está a dar lugar a “uma gama muito mais vasta e diversificada de meios”, justifica.
Segundo o bispo de Setúbal, a Igreja deve fazer o que “sempre fez”, ou seja, “lançar mão” em cada tempo dos avanços existentes “para realizar a comunhão dentro da Igreja e ao mesmo tempo para pô-los ao serviço da mensagem e da Igreja nova, da comunicação que quer fazer com o mundo, com a sociedade”.
“Importante é o encontro de pessoas, o evangelho sempre foi transmitido assim, boca a boca, atitude a atitude. A comunicação não é simplesmente fazer um produto para alguém mas é encontrar alguém. Agora o mundo de hoje veio alterar e dar novas possibilidades, novos desafios que se colocam, para que aquilo que nós somos, vivemos, sentimos, possa chegar aos outros”, salienta o responsável da diocese sadina.
PR/JCP