Igreja: Jovens clarissas de Timor-Leste professaram votos temporários no Convento de Monte Real (c/vídeo)

D. António Marto presidiu a celebração e destacou importância de viver a fé com o «coração»

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Leiria, 11 jun 2021 (Ecclesia) – O Convento de Monte Real, na Diocese de Leiria-Fátima, celebrou a profissão de votos temporários de três clarissas timorenses, sob a presidência do bispo local, D. António Marto.

O cardeal disse, no início da celebração, que este era um dia para ter o “coração em festa”.

Na homilia da Missa, com transmissão online, o responsável destacou a “proximidade” de Deus que se celebra na Solenidade do Coração de Jesus, “muito querida ao povo cristão”.

Para D. António Marto, esta é a “festa do amor divino num sinal humano”, numa linguagem que “todas as pessoas entendem”.

“O amor de Deus, para nós, não é um conceito, uma abstração”, precisou.

O bispo de Leiria-Fátima desafiou as religiosas que emitiam os seus votos a deixar que contemplação do Coração de Jesus e de Maria “contagie” o próprio coração.

“Testemunhando a beleza de Deus amor, intercedendo por toda a humanidade, para que sejamos irmãos e irmãs”, acrescentou.

Foto: Agência ECCLESIA/CB

O cardeal sublinhou que a fé cristã “não se funda nem fundamenta num ideal humano”, mas no encontro com “o mistério de amor que se revela no Coração de Jesus”.

“Se reduzimos a nossa fé a um conjunto de práticas, de normas, é muito triste, porque não chegamos ao coração”, advertiu.

O presidente da celebração pediu que as religiosas sejam capazes de falar de Deus de “um modo novo”, lembrando que “muitos vivem como se Deus não existisse”.

As religiosas são os primeiros frutos da Fundação do Mosteiro em Tunu Bibi, Diocese de Maliana, em Timor-Leste, refere a congregação.

A profissão de votos temporários “permite-lhes participar plenamente na vida da comunidade, continuando o seu processo formativo, explorando em profundidade os vários aspetos da vida de clausura”, sublinha um comunicado enviado à Agência ECCLESIA pelas Irmãs Clarissas de Monte Real.

Após dois anos de aspirantado no Mosteiro de Tunubibi, Diocese de Maliana (Timor-Leste),  um de postulantado e dois de noviciado em Monte Real, as três jovens noviças – Ibrânia, Bernadete e Antonieta – emitem os seus votos simples.

Mosteiro de Santa Clara e do Santíssimo Sacramento, em Monte Real (Diocese de Leiria-Fátima) nasceu em 1965, por iniciativa de um grupo de irmãs fundadoras que vieram do Mosteiro do Louriçal, e foi inaugurado em 1972.

A Ordem de Santa Clara nasceu da inspiração de S. Francisco de Assis e Santa Clara e propõe uma forma de vida simples e de acordo com o Evangelho e tem por missão principal a oração de “louvor e súplica em prol da Igreja e da Humanidade”.

OC

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