Igreja: França recorda 1.º aniversário do assassinato do padre Jacques Hamel

Emmanuel Macron marcou presença em sessão de homenagem

Lisboa, 26 jul 2017 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal Francesa (CEF) publicou uma mensagem para assinalar o 1.º aniversário do assassinato do padre Jacques Hamel, morto enquanto celebrava Missa, falando num acontecimento “impensável”.

“Foi um desses acontecimentos impensáveis que nos deixam sem palavras e que se tornam portadores de um grande testemunho, fonte de lições para todos”, escreve D. Georges Pontier, arcebispo de Marselha.

O padre Jacques Hamel, sacerdote octogenário, foi morto por fundamentalistas islâmicos que tomaram reféns na igreja de Santo Estêvão du Rouvray, próximo de Rouen, norte de França, antes de serem abatidos pelas forças policiais, a 26 de julho de 2016.

D.  Dominique Lebrun, bispo de Rouen, presidiu hoje à Missa nesta pequena localidade, com a participação de centenas de pessoas, afirmando que "o ódio não venceu e não vencerá".

No final da celebração foi inauguarada uma placa em memória do sacerdote assassinado, colocada na praça da sua paróquia.

A sessão de homenagem contou com a presença do presidente francês, Emmanuel Macron.

"Ao assassinar o padre Hamel, junto ao seu altar, os dois jihadistas acreditavam semear entre os católicos de França a sede de vingança e de represálias. Fracassaram", disse o chefe de Estado, elogiando "a força do perdão".

O presidente da CEF diz que a Igreja Católica quer recordar os familiares e pessoas próximas do sacerdote, bem como das outras pessoas que viveram o ataque.

A mensagem cita a irmã do padre Jacques Hamel, Roseline: “O meu irmão era, acima de tudo, um homem entre os homens”.

“Foi este homem entre os homens que foi morto. Foi este homem entre os homens, padre, que se tornou símbolo de uma vida vivida com os outros, uns pelos outros, uma vida de fidelidades quotidianas”, escreve o arcebispo de Marselha.

D. Georges Pontier sustenta que esta vida é “um modelo e um encorajamento para todos”, desejando que “a fraternidade tão desejada se torne uma realidade”.

A 14 de setembro de 2016, o Papa Francisco disse no Vaticano que o padre Jacques Hamel é um “mártir”, considerando “satânico” matar em nome da religião.

“É um mártir! E os mártires são bem-aventurados. Devemos rezar para que ele nos dê a mansidão, a fraternidade, a paz, também a coragem de dizer a verdade: matar em nome de Deus é satânico”, declarou Francisco, na homilia da Missa em sufrágio pelo religioso, a que presidiu então na capela da Casa de Santa Marta.

Um grupo de 80 peregrinos da diocese francesa, acompanhados pelo seu bispo, D. Dominique Lebrun, participou nesta Missa de sufrágio.

OC

Notícia atualizada às 13h38

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