Igreja/Europa: Conselho das Conferência Episcopais manifestou proximidade ao povo da Ucrânia

Bispos trabalharam na preparação da Assembleia Continental do Sínodo, que se realiza de 5 a 12 de fevereiro de 2023

Foto CCEE

St Gallen, Suíça, 28 out 2022 (Ecclesia) – O presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) reafirmou a solidariedade com o povo ucraniano, pediu “aos líderes das nações que parem a guerra”, na Assembleia Plenária deste organismo, onde trabalharam a etapa continental do Sínodo 2021-2024.

“Neste momento difícil para toda a Europa, os nossos corações estão com a Ucrânia: Pedimos aos líderes das nações que parem a guerra; dizemos ‘basta’ a todo este sofrimento e à espiral de violência, destruição e morte a que está a ser submetido o povo ucraniano”, disse D. Gintaras Grusas, presidente do CCEE, lê-se num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

“Juntamente com o Papa Francisco pedimos a paz”, acrescentou o arcebispo de Vilnius (Lituânia), manifestando a proximidade da Igreja Católica na Europa aos bispos ucranianos presentes neste encontro.

Na Assembleia Plenária do CCEE que terminou hoje, realizou-se pelos meios digitais ao longo de dois dias, os bispos trabalharam na preparação da Assembleia Continental do Sínodo 2021/2024, que na Europa está agendada para Praga, a capital da República Checa, de 5 a 12 de fevereiro de 2023.

O comunicado de imprensa do Conselho das Conferências Episcopais da Europa informa que vão ser “pouco mais de 200 participantes” que vão poder assistir a esta assembleia continental: 156 delegados das Conferências Episcopais, cada delegação nacional é constituída pelo seu presidente e mais três pessoas; 44 pessoas são convidadas “diretamente pela presidência do CCEE”, como participantes das realidades eclesiais mais representativas a nível europeu, e cada conferência dos bispos também pode “escolher mais 10 delegados para participar no trabalho online”.

Os trabalhos começaram com uma saudação do prefeito da Congregação para os Bispos (Santa Sé), cardeal Marc Ouellet; o arcebispo do Luxemburgo e relator-geral da 16ª assembleia geral dos Sínodo dos Bispos, D. Jean Claude Hollerich, e o cardeal Mario Grech, secretário-geral da Secretaria-Geral do Sínodo, também participaram nesta assembleia e apresentaram o documento de trabalho para a próxima etapa do Sínodo 2021-2024, publicado esta quinta-feira pelo Vaticano, que vai ser remetido aos bispos diocesanos, para nova recolha de contributos a nível mundial.

“O documento é uma restituição fiel das sínteses. O trabalho do grupo de especialistas foi marcado pela honestidade intelectual: Não há reflexões teóricas sobre a sinodalidade, mas a voz das Igrejas. Para todos nós foi uma surpresa ouvir como, apesar da diferença de sensibilidades, o Povo de Deus converge no apelo a uma profunda renovação da Igreja”, disse D. Mario Grech.

O documento de trabalho da etapa continental (DEC) do Sínodo 2021-24, sobre o tema ‘Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão’, resulta das sínteses elaboradas a partir de uma consulta mundial, na primeira fase do processo e estará no centro do tempo de “escuta, diálogo e discernimento” das sete assembleias sinodais que vão decorrer, em várias regiões do mundo, entre janeiro e março de 2023.

Após esta apresentação do DEC na Assembleia Plenária do CCEE realizou-se um debate entre os presidentes das Conferências Episcopais da Europa, e foram eleitos os novos presidentes das comissões deste conselho.

Os responsáveis católicos, acrescenta o comunicado, reafirmaram “a importância da escuta e do diálogo como método de ação da Igreja”, a “profunda renovação” da Igreja exigida pelo povo de Deus e a centralidade da sinodalidade, para além das modalidades de participação na reunião de Praga.

CB/PR

 

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