Igreja: «Estamos a ser generalizada e repetidamente censurados como poucas vezes na História», disse arcebispo de Évora aos sacerdotes

D. Francisco Senra Coelho salientou que, «apesar da debilidade e fraqueza», são «necessários como porventura nunca»

Foto Arquidiocese de Évora

Évora, 06 abr 2023 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora disse hoje ao presbitério da arquidiocese, que estão a ser “generalizada e repetidamente censurados como poucas vezes na História”, mas sã “necessários como porventura nunca”, na homilia da Missa Crismal, na Sé.

“Não nos escondemos nas nossas fraquezas, somos filhos da Luz e sabemos que só a verdade liberta, mas também não abdicamos da nossa missão: na liberdade religiosa e de consciência levar Cristo a todos e trazer todos a Cristo”, afirmou D. Francisco Senra Coelho, na homilia enviada à Agência ECCLESIA.

O arcebispo de Évora agradeceu aos sacerdotes a “fidelidade, serenidade e fraterna comunhão presbiteral”, também “em nome da Igreja Diocesana”, salientando que, nesta hora, em que são “generalizada e repetidamente censurados como poucas vezes na História”.

“Sentimos que, apesar da nossa debilidade e fraqueza, somos necessários como porventura nunca”, acrescentou.

D. Francisco Senra Coelho explicou que sem o sacerdote só de podes” dizer que Cristo «foi»”, e é com o sacerdote que podem continuar a dizer que “Cristo «é», que Cristo «está»”.

“Sem a Igreja e o seu contributo sociocultural e sem o sacerdote, como tornar presente Cristo sobretudo junto dos pobres e das vítimas de todos os abusos, que transversalmente desfiguram a Sociedade e também a Igreja.”

Foto Arquidiocese de Évora

Na Missa Crismal, na qual onde o clero renovou as promessas sacerdotais, o arcebispo assinalou que a autêntica espiritualidade do presbítero “só pode ser alimentada e vivida através do cumprimento do seu ministério”, o presbítero cresce na fé e aprofunda a sua espiritualidade “pelo exercício diário do seu ministério”, afirmando que “não existe ‘autarquia ministerial’, nem o padre “age em seu nome.

“Não é gestor de uma carreira nem promotor dos seus interesses. Não está onde quer, mas onde são claros e discernidos os sinais de Deus que a Igreja lhe confirma e indica. Não vive para si, mas para Deus no seu povo, ama a Igreja e dá a vida, sabendo que a medida do amor é amar sem medida”, desenvolveu.

D. Francisco Senra Coelho assinalou que como não há pastoral “sem pastores”, é importante que surjam “em quantidade e sobretudo em qualidade”, sendo que, nesta última, a prioridade está “sobretudo na maturidade humana e cristã, lucidez e dedicação”.

“As relações entre os pastores são vitais para o êxito da Pastoral. Os pastores nunca podem estar desligados e jamais se hão de sentir abandonados, nem por Deus, nem pelo Bispo, nem pelos colegas, nem pelos fiéis; não sendo um exclusivo dos pastores, a Pastoral não subsiste sem pastores, há dimensões eclesiais em que os presbíteros não poderão ser dispensados”, referiu.

O arcebispo de Évora anunciou “com grande alegria” a celebração do jubileu de prata da ordenação episcopal de D. José Alves, o arcebispo emérito, e convidou a assembleia para a “feliz celebração” no próximo dia 31 de maio.

D. Francisco Senra Coelho recordou também os sacerdotes que celebram os 25 e 50 anos da ordenação presbiteral, os padres doentes e os já falecidos, destacando também as ordenações de presbíteros de Bonifácio, da Ordem Hospitaleira de São João de Deus, a 4 de julho, em Montemor-o-Novo, e de Rui Faia e Jorge Palácios, para a arquidiocese de Évora, a 11 de junho.

CB

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