Igreja/Estado: Vicentinos de Palmela e Junta de Freguesia unidos num «Banco Solidário de Alimentos» (c/vídeo)

Evangelina Dias destaca aumento de pessoas a precisar de ajuda

Palmela, 05 jun 2020 (Ecclesia) – A Conferência Vicentina de São Pedro de Palmela (Diocese de Setúbal) e a Junta de Freguesia local estão a dinamizar um ‘Banco Solidário de Alimentos’ para auxiliaram as pessoas que vão pedir ajuda, que aumentaram na pandemia.

“Com o Covid-19 tem aparecido muitas pessoas para além das nossas que quando precisam vêm ter connosco e tentamos sempre ajudar. Até agora temos sido ajudados e temos tido alimentos”, disse a presidente dos Vicentinos de Palmela.

Em declarações à Agência ECCLESIA, Evangelina Dias explica umas pessoas “pedem alimentos, outras ajudas para a renda da casa, para o gás, para a luz”, para as compras na farmácia, e têm “ajudado bastante com a farmácia”, e há pessoas que “nunca pediram”.

“Nunca ninguém foi daqui sem a ajuda. Principalmente agora que as pessoas não têm trabalho, outras que estão no lay-off, que recebem menos e as despesas são sempre as mesmas”, salientou.

A Conferência Vicentina na Paróquia de São Pedro de Palmela e a Junta de Freguesia local estão a dinamizar um ‘Banco Solidário de Alimentos’, desde 4 de maio, e sem previsão para terminar “porque as pessoas estão sempre a pedir”.

As doações podem ser feitas de segunda a sexta-feira no auditório do espaço cidadão (09h00-12h00), no átrio da igreja (15h00-18h00), e em mais duas lojas da vila na diocese sadina.

Evangelina Dias destaca que as pessoas são solidárias e têm aderido mas considera que é preciso reforçar esse apelo “para as pessoas se lembrarem” que precisam, caso contrário também não conseguem ajudar.

Temos de agradecer a ajuda. É um meio pequeno e as pessoas são sempre as mesmas, às vezes já deram, e vamos voltar a pedir e voltam a dar. Para além do normal, temos muitos pedidos e pessoas que não eram hábito”.

A presidente dos Vicentinos de Palmela explica também que a parceria com a Junta de Freguesia de Palmela existe “há muitos anos”, e já nos peditórios nos supermercados “associava-se sempre”, e, atualmente, também recebe “refeições confecionadas e tem um fornecedor de pão” que vão distribuir a algumas pessoas, “como complemento ao ‘Banco Solidário de Alimentos’”.

Segundo Evangelina Dias, membro do movimento de ação caritativa há 10 anos, habitualmente apoiam “100 famílias com alimentação”, principalmente na Páscoa e no Natal, mas no resto do ano essas pessoas ou outras famílias que procuravam a Conferência Vicentina de São Vicente de Paulo também receiam ajuda.

Sobre a parte da ajuda monetária, explica que sobrevivem “de donativos e de umas quotas muito pequeninas”.

Presidente dos Vicentinos de Palmela há oito anos, a entrevistada assinala que o grupo precisa também da ajuda dos jovens, e adianta que cumprem todas as normas de segurança e higiene no contexto da atual pandemia do Covid-19, na ajuda na prestada na igreja “as pessoas vão sempre preparadas” e só “casos especiais”, quando “não se podem deslocar” vão levar a ajuda a casa sempre protegidos.

A primeira Conferência Vicentina em Portugal foi criada em Lisboa, em 1859; em 2019, existiam 800 conferências, que todos os dias acolhem pessoas necessitadas e anunciam a mensagem cristã, e cerca de 800 mil vicentinos e vicentinas em 150 países, dos cinco continentes.

A Conferência da Caridade, mais tarde chamada Conferência de São Vicente de Paulo, foi fundada por beato Frederico Ozanam, com um grupo de companheiros de universidade, na França.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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