Igreja/Ensino: «Liberdade de ensino» e «identidade» apresentados como «pilares» da ação das Escolas Católicas

Associação Portuguesa tem nova presidência para o triénio 2019-2022

Foto: APEC

Almada, 18 fev 2019 (Ecclesia) – O novo presidente da Associação Portuguesa das Escolas Católicas (APEC), o diretor do Externato Frei Luís de Sousa (EFLS), disse hoje à Agência ECCLESIA que “liberdade de ensino” e a “identidade” destes estabelecimentos de ensino são os “dois pilares” da sua ação.

“A defesa intransigente da liberdade de ensino como direito de educação em geral que assiste às famílias de poderem escolher os estabelecimentos que pretendem para os seus filhos, netos, é a defesa que temos de salvaguardar de forma tenaz e intransigente”, referiu Fernando Magalhães, do Externato da Diocese de Setúbal.

O presidente da APEC considera que “têm vindo a acontecer afrontas grandes” à liberdade de ensino, e “outras que se insinuam e enunciam”.

As Escolas Católica, realça, consideram que este “é um direito que assiste não só aos estabelecimentos” que promovem a educação desta forma, mas “acima de tudo, assiste às famílias enquanto a sua liberdade de escolha”.

A identidade católica é outro pilar que deve caracterizar estes estabelecimentos de ensino, realça Fernando Magalhães, assinalando que os mesmos estão fundados numa “determinada base” que influencia “a construção da pessoa” e, dessa forma, “da sociedade, à luz da mensagem do Evangelho”.

“Não é modelo a impor, mas a propor. Quando as pessoas nos procuram sabem que essa é a matriz das nossas escolas e a ninguém se fecha e ninguém impõe, mas apresenta-se como uma proposta”, explicou o diretor do Externato Frei Luís de Sousa.

A eleição dos órgãos sociais da Associação Portuguesa das Escolas Católicas para o período 2019/2022 decorreu na sede da associação, a 15 de fevereiro, em Fátima.

Sobre os desafios e prioridades para o próximo triénio, Fernando Magalhães refere que se trata de um “esforço de continuidade” para “fomentar a cooperação entre as escolas católicas”.

A associação pretende chegar a todas as Escolas Católicas em Portugal, cerca de 150 estabelecimentos de ensino com cerca de 73 mil alunos, numa cooperação também com os meios de integração onde se encontram, de ensino e edução, os eclesiais, “por excelência no quadro da Conferência Episcopal”, ou seja, “todas as direções que nos possam pôr em cooperação”.

“Entendemos que temos um papel importantíssimo, que não é só histórico, um passado muito importante não só pela relevância em números mas também, pela relevância das nossas escolas, no contexto do tecido da educação em Portugal”, afirmou o diácono permanente.

Na direção da APEC com o EFLS vão estar ainda o Instituto Nun’Alvres, da Companhia de Jesus; o Colégio de Nossa Senhora da Graça, da Diocese de Beja; o Colégio de S. Miguel, da Diocese de Leiria-Fátima; e o Colégio Marista, de Carcavelos.

A Assembleia Geral e do Conselho Fiscal têm como responsáveis, respetivamente, o Externato de Penafirme, do Patriarcado de Lisboa, e o Colégio da Rainha Santa Isabel, da Congregação de S. José de Cluny.

“É bonito, dentro deste nosso universo das Escolas Católicas, este sentido de comunhão não só em relação a uma causa mas também na ação e numa disponibilidade muito grande para o que possa ser necessário”, realçou Fernando Magalhães sobre a disponibilidade das escolas, quando abordadas para constituir os corpos sociais.

CB/OC

Com uma oferta educativa do berçário até ao 12º ano de escolaridade, o Externato Frei Luís de Sousa, da Diocese de Setúbal, situado no centro de Almada, celebra 63 anos em 2019.

“Há sempre grandes desafios da inovação, da qualidade da educação, da atenção aos tempos que correm, e de continuarmos a estar muito próximos dos nossos alunos para os ajudarmos a construírem-se como pessoas, a formação integral deles, num quadro de grande relação, cada vez maior, e cumplicidade com as famílias”, refere o seu diretor.

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Agência ECCLESIA

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