Igreja/Ensino: Cardeal Gianfranco Ravasi recebeu doutoramento «honoris causa»

D. Manuel Clemente sublinhou «carreira exemplar» do presidente do Conselho Pontifício da Cultura

Lisboa, 30 jan 2015 (Ecclesia) – O cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura, recebeu hoje em Lisboa o grau de doutor ‘honoris causa’ da Universidade Católica Portuguesa (UCP).

O patriarca de Lisboa e magno chanceler da UCP, D. Manuel Clemente, considerou que esta distinção reconhece a “carreira exemplar” do cardeal italiano.

A entrega das insígnias decorreu durante a sessão académica que antecede o Dia Nacional da UCP, assinalado anualmente no primeiro domingo de fevereiro, em 2015 sob o lema ‘Alargar Horizontes’.

O padre Tolentino Mendonça, padrinho do novo doutor, elogiou a “sapiente forma” com que o cardeal italiano procura olhar a Igreja e o mundo, bem como a sua produção literária, em particular o comentário ao livro bíblico dos Salmos.

O vice-reitor da UCP recordou que o atual ‘ministro da Cultura’ do Vaticano foi um “interlocutor chave da cultura milanesa”, onde se destacou pelo “magistério da amizade” com crentes e não-crentes e a “paixão pelo diálogo”, antes de ser chamado por Bento XVI para a Cúria Romana.

“Há um reiterado desejo de assumir a escrita e o pensamento como um processo dialógico”, sustentou Tolentino Mendonça, para quem o presidente do Conselho Pontifício da Cultura é uma “fonte de inspiração” que representa “o que pode ser um cristão e um humanista”.

Nascido em 1942, D. Gianfranco Ravasi foi ordenado padre em 1966 na Arquidiocese de Milão, tendo sido nomeado nos anos seguintes prefeito da Biblioteca Ambrosiana, professor de exegese bíblica na Faculdade de Teologia da Itália Setentrional e membro da Pontifícia Comissão Bíblica.

Recebeu a ordenação episcopal em 2007 e foi criado cardeal por Bento XVI, a 20 de novembro de 2010.

A sessão concluiu-se com a intervenção do magno chanceler da UCP, o qual pediu que a instituição académica seja capaz de oferecer uma “perspetiva verdadeiramente humanista” num tempo em que as problemáticas “acabam por ser universais”.

A universalidade, acrescentou, é “absolutamente necessária” para projetar o futuro em termos “humanistas, humanizadores”. 

OC

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