Igreja: «Educador cristão tem de ser exemplar», realça Guilherme de Oliveira Martins

Presidente do Centro Nacional da Cultura participa no Fórum EMRC 2015 em Fátima

Fátima, Santarém, 09 mai 2015 (Ecclesia) – O presidente do Centro Nacional da Cultura, Guilherme de Oliveira Martins, salientou hoje em Fátima a importância de uma educação cristã baseada na experiência de vida e no exemplo.

“Não basta pregar, é fundamental a experiência, o exemplo. O educador cristão é, deve ser, tem de ser exemplar”, apontou aquele responsável, durante uma conferência incluída no Fórum de Formação 2015 para docentes de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), a decorrer no Centro Paulo VI.

Ao longo da sua intervenção, publicada no site do Secretariado Nacional da Educação Cristã, o também presidente do Tribunal de Contas destacou a “complementaridade” que deve marcar a missão do “professor”, que é um “educador profissional”, e das “famílias”, que são “educadoras naturais”.

“A relação educativa é sempre uma relação que envolve a família, a escola e a comunidade e a escola é absolutamente crucial mas não é tudo”, sustentou ainda, realçando o papel da educação cristã quando por exemplo “muitas vezes não se encontra o interlocutor familiar”.

Não só pelas dificuldades que as famílias atravessam mas também por uma sociedade que é hoje marcada pela “tentação de dizer que isso da educação é tarefa da escola”.

“Também é, mas se não houver esta articulação, as coisas de facto não funcionam”, acrescentou Guilherme de Oliveira Martins.

Numa conferência subordinada ao tema “A Pessoa como finalidade em si mesma e a Relação Educativa”, o antigo ministro da Educação identificou alguns dos principais desafios que os professores hoje enfrentam.

“É urgente incutir nos jovens que a liberdade e a democracia são frágeis, nunca estando garantidas e podendo, a qualquer momento, ser postas em causa”, começou por dizer o jurista e político.

Cada docente deve ter a noção de que “a educação é pessoal, pois cada um dos educandos é irrepetível” e deve privilegiar a “relação face a face” como forma de “enriquecimento mútuo” entre “os alunos e o educador”.

Por outro lado, acrescentou Guilherme de Oliveira Martins, os professores devem saber “despertar consciências, o que significa ir ao encontro das capacidades de cada aluno”, nunca descurando as noções de “liberdade” e de “responsabilidade”.

Ou seja, tratando todos os educandos com “igual consideração e respeito”, e ao mesmo tempo procurando dar “resposta” às suas interrogações e dúvidas.  

Durante o Fórum EMRC 2015, para professores vindos de todo o país, vão ser apresentados os novos manuais da disciplina.

JCP

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