Igreja é uma ajuda vital para os migrantes

Declarações de António Guterres, dias após o seu encontro com Bento XVI “Se alguém que tem a chave para resolver os problemas dos migrantes, esse é a Igreja” assim afirmou António Guterres, Alto Comissário para os Refugiados das Nações Unidas (ACNUR), alguns dias após o encontro com Bento XVI, no passado dia 17 de Novembro. ”Com frequência vemos que no debate europeu se mistura tudo. Temas de segurança, migrantes e refugiados tendem, a criar um ambiente de temor que é negativo quando se procura asilo para quem precisa” referiu em entrevista à Agência Zenit. Segundo o ACNUR, “a Europa está a sofrer uma crescente intolerância para com «os outros»”, afirmando que se notam “atitudes xenófobas em toda a Europa, que precisam de ser combatidas. Na vida política, nos meios e em alguns círculos de opinião pública, a coesão social das sociedades sente-se ameaçada”. Este é um aspecto significativo do dilema que a Igreja pretende eliminar. “Na audiência o Papa e eu falamos sobre a importância da promoção católica da tolerância e do respeito mútuo nas sociedades que se estão a tornar multiculturais, multiétnicas, e multireligiosas. É a melhor garantia de que os sistemas de asilo continuarão a existir no mundo inteiro” afirmou o ex-primeiro ministro. O ensinamento da Igreja também apoia os refugiados promovendo sua dignidade individual e sublinhando o que eles podem oferecer às sociedades. “Quando vemos o mundo de hoje, há fortes razões para acreditar que os movimentos migratórios de populações tendem a aumentar, não a diminuir” afirmou Guterres. E sublinhou que “o dinheiro move-se livremente pelo mundo. Os bens e serviços tendem a mover-se mais livremente, inclusive tendo ainda muitos obstáculos. Contudo, é muito mais difícil para as pessoas moverem-se”. É aqui que as organizações católicas da sociedade civil podem intervir para ajudar a salvaguardar a dignidade dos migrantes. “Temos colaboradores em muitas zonas do mundo e reconhecemos a importância de seu trabalho e cooperação“ disse o Alto Comissário. “Os grupos profissionais desempenham um papel activo no trabalho com os deslocados, assim como em representá-los no âmbito político” esclareceu António Guterres. “É importante que as complexidades que eles partilham sejam debatidas de um modo sereno e objectivo e que a Europa defina uma estratégia mais efectiva em relação aos problemas da migração, baseada na unificação das leis inclusivas particulares” finalizou.

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