Igreja: Celibato é «desafio para os tempos de hoje» – D. António Augusto Azevedo

Presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios projeta Simpósio do Clero 2018

Fátima, 20 jun 2018 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios diz que vê o celibato dos padres como um “desafio para os tempos de hoje” e realça ainda que “não se pode reduzir o perfil” de um sacerdote ao “de um funcionário”.

“No nosso tempo vamos descobrindo cada vez mais o valor e o sinal que representa o celibato”, disse D. António Augusto Azevedo.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios admite que se vão também “reconhecendo e identificando algumas dificuldades” no que toca à vivência do celibato.

“Cada época histórica teve as suas dificuldades próprias, o nosso tempo, certamente, muito mais aberto coloca dificuldades próprias”, observa.

O prelado, que era reitor do Seminário Maior do Porto aquando a noção episcopal em 2016, acredita que os sacerdotes e os jovens de hoje “vão descobrindo o valor que representa o celibato”.

“Certamente, a Igreja na sua sabedoria e na inspiração do Espírito Santo irá tomando as decisões que melhor entender quanto à configuração do ministério”, realça o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios.

Sobre o serviço dos sacerdotes às comunidades, D. António Augusto Azevedo realça que “não se pode reduzir o perfil do padre ao de um funcionário”.

“A funcionalização dos sacerdotes seria muito redutora, certamente, que há tarefas necessárias da sua responsabilidade, porém o essencial do ministério não passa por ai”, acrescenta.

“Não é figura de funcionário, nem de patrão, nem de alguém isolado. É de alguém que tem paixão de estar na comunidade, estar com o povo de Deus, no meio do mundo para viver a novidade do Evangelho”, desenvolve.

Para o bispo-auxiliar do Porto, primeiro é preciso “reencontrar unidade de vida”, ao padre pedem-se múltiplas tarefas ou encargos, mas “é necessário esforço acrescido” para reencontrar unidade de vida que passa “muito pela dimensão espiritual”.

Neste contexto, explica que em segundo lugar, essa “dimensão espiritual” está ligada ao essencial do ministério: “Anúncio e vivência testemunho do Evangelho sempre” e outras tarefas imbuídas desse espírito.

“Promovendo, cada vez mais, a capacidade de colaborar com os outros sacerdotes. Um espírito de comunhão eclesial e fraterno, bem como, capacidade de chamar, convocar, preparar e contar com a colaboração dos leigos”, acrescentou D. António Augusto Azevedo, no contexto do Simpósio do Clero 2018 e à margem da apresentação das “atas” dos encontros realizados em 2012 e 2015.

JCP/CB

Partilhar:
Scroll to Top
Agência ECCLESIA

GRÁTIS
BAIXAR