Igreja Católica nos EUA enfrenta consequências do Katrina

A Igreja Católica nos EUA tem-se desdobrado em esforços para fazer face aos efeitos do furacão Katrina, que devastou na semana passada os estados norte- americanos de Louisiana, Mississipi e Alabama. “Tantas pessoas, perderam os familiares, o trabalho, a casa, tudo o que possuíam. Agora encontram-se num autocarro, sendo levadas a um centro de assistência, sem saber o que lhes vai acontecer dentro de uma semana, de um mês, de um ano… A estes, creio que a Igreja deve, antes de mais, restituir a esperança e a confiança no futuro”, refere D. David John Malloy, representante da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, numa entrevista ao jornal italiano “Avvenire”. “Em primeiro lugar estamos a recolher fundos para ajudar as pessoas que ficaram sem abrigo, uma iniciativa que cada Bispo está a assumir na sua própria diocese”, acrescentou. Um dos maiores problemas para os mais novos é o facto de as escolas que frequentavam terem sido destruídas. “Pedimos às diversas dioceses e às suas escolas que ofereçam a possibilidade dos alunos continuarem os seus estudos, acolhendo, quanto possível, também os pais, porque acreditamos que as famílias não podem ser desagregadas”, concluiu D. Malloy. O Kansas’s Benedictine College já anunciou que pagará as despesas educativas de estudantes provenientes de instituições privadas que tenham sido afectadas pelo furacão. “Queremos abrir as nossas portas a estes estudantes e permitir-lhes continuar com a sua educação durante este tempo de crise. O mínimo que podemos fazer é encarregar-nos dos gastos”, indicou Stephen D. Minnis, presidente do centro de estudos. A diocese de Shreveport, LA, na que foi instalado um certo número de refugiados, anunciou que aceitaria gratuitamente todas as crianças afectadas pelo furacão nas escolas diocesanas. Dezenas de paróquias do Arkansas ajudam as pessoas que acolhem os refugiados nosseus lares. Várias escolas católicas matricularam já gratuitamente vários estudantes e a diocese e escolas asseguram a estas famílias que não terão de pagar os livros de texto, uniformes ou a alimentação dos seus filhos. As paróquias e organizações católicas de todo o país e especialmente de Louisiana, Mississipi e Texas estão a responder à emergência de grande escala, oferecendo casas de acolhimento, alimentos, medicamentos e postos escolares. Praticamente todas as dioceses americanas realizaram colectas no primeiro fim de semana de Setembro e a ajuda de emergência está a chegar através das agências humanitárias católicas, as sociedades de São Vicente de Paulo, as escolas e hospitais, paróquias, centro de espiritualidade e famílias católicas. A Arquidiocese de Galveston-Houston respondeu a um pedido da Cruz Vermelha norte-americana para que abrisse um dos seus 21 refúgios disponíveis para ajudar a acolher a avalanche de desabrigados pelo furacão. Vários dos estabelecimentos da diocese de Alexandria, L. A., a 300 quilómetros de Nova Orleães, prepararam-se para acolher vítimas. O centro de ensino médio diocesano alojou 103 idosos de uma residência de Nova Orleães que estavam num estádio de Alexandria. Em Beaumont, Texas, as igrejas oferecem provêem alimentos, cozinham e fornecem ajuda médica e económica. A sociedade de São Vicente de Paulo, na vizinha Winnie, com uma população de cinco mil habitantes, organizou-se para alojar e alimentar centenas de refugiados no centro paroquial. Redacção/agências

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top