Igreja Católica na França admite desobediência civil para defender imigrantes

Comissão episcopal para as migrações coloca-se do lado dos «sans-papier» A Conferência Episcopal da França (CEF) está a lembrar aos crentes o seu dever de defender a dignidade humana, mesmo quando seja preciso ir contra a lei se esta não permitir respeitar as pessoas. O apoio da CEF vai em particular para dois militantes do colectivo “C’Sur” (“é seguro”, “c’est sur”), associação que fornece ajuda aos migrantes em trânsito em Calais – roupas e comida. No próximo dia 19 de Agosto, os dois estarão no tribunal de Boulogne-sur-Mer, acusados de “ajuda à estadia de pessoas em situação irregular em grupo organizado”. O Pe. Jean-Pierre Boutoille, membro do colectivo, confirma que a questão foi colocada dentro do organismo. “Tínhamos dito a nós próprios que se fosse preciso desobedecer para acolher decentemente os migrantes, fá-lo-íamos”, assegura ao jornal católico “la Croix”. Esta posição é avalizada pelo documento da Comissão episcopal para as migrações “Quando o estrangeiro bate à porta”, publicado em meados de Junho, onde se defende uma acção responsável junto das pessoas sem documentos e dos requerentes de asilo e se lembra aos fiéis que a defesa da dignidade da pessoa pode levar à desobediência civil, “quando a lei não garante o respeito da pessoa humana”.

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