Igreja Católica define modelos de desenvolvimento para Angola

A Igreja Católica em Angola encontra-se desde o início desta semana a reflectir sobre os modelos de desenvolvimentos possíveis para um país que sai agora de décadas e conflito militar. “O cidadão e a política” é o tema da semana social que se prolonga até 29 de Novembro, evento pretende contribuir para esclarecer e sensibilizar os cristãos para que assumam “o direito e o dever de participar como cidadãos conscientes na concretização dos projectos: reconciliação, reconstrução nacional, eleições, desenvolvimento”. O Cardeal Dom Alexandre do Nascimento apelou no decorrer dos trabalhos a uma atenta leitura dos sinais dos tempos e ao patriotismo dos angolanos. Após uma breve referência ao impacto das semanas sociais organizadas pela Igreja Católica nos países europeus no pós-guerra, o Cardeal deteve-se na realidade angolana. . Em Angola, a Semana Social corresponde «à necessidade de se fazer uma humilde e atenta leitura dos sinais dos tempos”, explicou, vincando o «empenho na reconstrução verdadeira do nosso país». Por leitura dos sinais dos tempos, explicitou «a leitura correcta dos acontecimentos como possível moção, indicação por parte da Providência». “Há catástrofes sociais que são para abrir os olhos de responsáveis para a urgência de problemas graves e diuturnos, que a atenção e diligência normais podiam e deviam detectar e remediar em tempo útil», acrescentou. Hoje, , no painel “Caminhos de Reconstrução” serão abordados os temas “Reconstrução humana”, “Reconstrução social” e “Reconstrução e equidade”. MENSAGEM DO PAPA O Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Angelo Sodano, enviou uma mensagem aos participantes desta iniciativa em nome de João Paulo II. A mensagem recordou aos angolanos a sua responsabilidade pela prosperidade e bem-estar, que «depende em grande parte do recto ordenamento e normal funcionamento das suas estruturas jurídico-políticas, nas quais todos os cidadãos tenham a possibilidade efectiva de participar livre e activamente», A mensagem do Vaticano sublinhou ainda que «trabalhando pelo bem comum, ao serviço de todos e sem ambição de poder, os cristãos sentem-se à vontade numa sociedade aberta e pluralista».

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