Igreja: Cardeal-patriarca de Lisboa destaca «autenticidade sacerdotal» de D. Albino Cleto

D. José Policarpo reagiu com «grande tristeza» à morte do bispo emérito de Coimbra, que passou grande parte da vida ao serviço dos fiéis lisboetas

Lisboa, 16 jun 2012 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa destacou hoje a memória de D. Albino Cleto, sublinhando que o bispo emérito de Coimbra deixou no meio das comunidades católicas um testemunho de “autenticidade sacerdotal”.

“Era um homem de uma grande simplicidade, um grande sacerdote que não descurava o estudo e o aprofundamento das questões”, realçou D. José Policarpo, em entrevista concedida à Rádio Renascença.

D. Albino Mamede Cleto, bispo de Coimbra entre março de 2001 e julho de 2011, faleceu esta sexta-feira, dia 15 de junho, no centro hospitalar da universidade conimbricense, aos 77 anos de idade.

Na biografia do prelado, natural da freguesia de São Pedro, em Manteigas, Diocese da Guarda, destaca-se uma grande ligação ao Patriarcado de Lisboa, onde frequentou o seminário e foi ordenado sacerdote, a 15 de agosto de 1959.

No exercício do seu ministério presbiteral fez parte da equipa formadora do Seminário de Almada, como perfeito de estudos e Vice-Reitor; presidiu à comissão administrativa do Santuário de Cristo Rei; foi pároco da Paróquia da Estrela e membro da Comissão Diocesana de Arte Sacra do Patriarcado.

A 6 de dezembro de 1982 foi nomeado bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa, com o título de Elvira, pelo Papa João Paulo II, tendo sido ordenado a 22 de janeiro de 1983, no Mosteiro dos Jerónimos.

Segundo o cardeal-patriarca de Lisboa, que teve oportunidade de contactar durante “muito tempo” com D. Albino Cleto, no desempenho das suas funções pastorais, a morte do prelado surgiu de “surpresa” e deixa “uma tristeza muito grande”.

“Nosso Senhor tem os seus caminhos, achou que ele merecia já o prémio eterno”, referiu D. José Policarpo, que vai guardar a imagem de um homem “profundo”, cuja atitude perante a vida desarmava até muitos dos que contactavam diariamente com ele.

“Alguns colegas até brincavam com ele porque interpretavam a sua candura interior como uma certa ingenuidade”, recordou o atual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Segundo uma nota publicada pela página da Diocese de Coimbra na internet, o corpo de D. Albino Cleto vai estar amanhã em câmara ardente na Sé Nova daquela cidade e o funeral está marcado para as 11h00 de segunda-feira.

RR/JCP

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