Igreja: Associação Caminhos de Fátima quer peregrinos a usufruir do património e natureza, no percurso até ao Santuário

Pedro Pimpão aponta à sustentabilidade ambiental, económica e social

Fátima, 23 fev 2024 (Ecclesia) – A Associação Caminhos de Fátima (ACF) quer que os peregrinos além de realizarem uma percurso seguro até ao Santuário, desfrutem da experiência de peregrinação como uma proposta cultural.

“O que nós fizemos foi criar uma rota alternativa à Nacional número 1, ao IC2, no sentido de garantir essa experiência de forma segura e, naturalmente, também aproveitar tudo aquilo que é o potencial que temos aqui nos nossos territórios para que o caminhante, o peregrino, possa usufruir dessa experiência, não só na componente espiritual, mas também em termos culturais, aproveitando o nosso património, a natureza e toda a envolvência de quem vem até Fátima”, disse Pedro Pimpão, presidente da ACF, em entrevista à Agência ECCLESIA.

No âmbito do XI Workshops Internacionais do Turismo religioso (IWRT), a decorrer em Fátima até sexta-feira, e que acolhe também o Congresso Internacional de Turismo Religioso e Sustentável, o responsável abordou a forma como a associação procura sensibilizar para a questão da sustentabilidade no turismo.

“Hoje quando se fala em sustentabilidade não se fala só de sustentabilidade ambiental, fala-se também de sustentabilidade económica e social e aquilo que nós queremos é que o peregrino ou o caminhante, quem percorre este percurso até Fátima, que o faça também de forma responsável, respeitando o meio ambiente”, adiantou.

“Há várias campanhas que temos em cada um dos nossos territórios, no sentido de haver práticas também ambientalmente sustentáveis, mas também fazendo de forma a valorizar também os recursos existentes no nosso território e eu acho que esse é um objetivo que vamos conseguindo, ano após ano”, desenvolveu.

O presidente da Associação Caminhos de Fátima considera que o congresso é uma “mais valia para Fátima, em particular, para o concelho de Ourém, mas sobretudo para a região e para o país”.

“[O acolhimento de eventos de cariz internacional] faz com que haja partilha de várias práticas, quer nossas em quer nossas em termos nacionais, mas sobretudo também colegas que vêm de outros países, uns com produtos já mais consolidados e outros que estão a explorar novos produtos”, reconheceu Pedro Pimpão.

Segundo o responsável, esta é uma forma de aproveitar as boas práticas em cada um dos territórios e conseguir melhorar a performance de Fátima ao nível do turismo religioso, que em Portugal “tem um potencial enorme de exploração”.

Os XI Workshops Internacionais de Turismo Religioso têm o Paraguai, país da América do Sul, como destino convidado, num ano em que acolhem a 20ª edição do Congresso Internacional de Turismo Religioso e Sustentável; a primeira vez em Portugal e a terceira na Europa.

CB/LJ/OC

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