D. Manuel Linda explicou que o dia de Natal «é o dia da comemoração dos inícios: da história nova ou tempo de salvação, de regeneração do mundo»
Porto, 26 dez 2024 (Ecclesia) – O bispo do Porto convidou a diocese a celebrar a “criança frágil e carente de quase tudo”, “em todas as fragilidades sociais e mundiais”, na homília do Dia de Natal, esta quarta-feira, 25 de dezembro, na Sé.
“Celebremo-l’O com estes pastores, os últimos e mais desprezados da sociedade, mas que se revelaram os primeiros a constituir a família alargada de Jesus e a confirmar antecipadamente o seu dito: ‘Os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos’”, disse D. Manuel Linda, na homilia publicada na página online da Diocese do Porto.
O bispo do Porto, na celebração que presidiu na Sé, no dia de Natal, convidou a celebrar “esta criança frágil e carente de quase tudo” e a celebra-lo “em todas as fragilidades sociais e mundiais”, mas “com alegria, como certamente fizeram os Pastores de Belém”, a primeira imagem da “Igreja servidora e pobre que tem no seu centro o Jesus frágil e pobre e Maria e José, igualmente frágeis e pobres”.
D. Manuel Linda explicou que a Igreja, “que não é nostálgica do passado, não celebra a história”, que não ignora “e até a valoriza”, mas celebra a “intervenção salvadora de Deus na história da humanidade”.
Na homilia de Natal 2024, intitulada ‘O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós’, o bispo do Porto destaca que o trecho do Evangelho escutado na celebração, um “belo hino ao Verbo de Deus” do evangelista São João, “não se detém nem nas curiosidades dos pormenores, nem nas negatividades sociais”.
“Prefere apresentar a força mobilizadora da beleza e da salvação presente n’Aquele que é o garante do tempo novo, do homem novo e da nova humanidade. Por isso, as palavras que mais se fixam nos nossos ouvidos são vida, luz, filhos de Deus, glória, graça, verdade. São João sabe bem que somente o positivo e belo entusiasma. Pelo contrário, o mal só paralisa”, salientou.
Segundo D. Manuel Linda, São João viu que o nascimento de Jesus, “o Verbo de Deus, é o princípio da regeneração do mundo”, um menino que não foi dado apenas a Maria e a José, “mas é oferta a toda a humanidade”, de efetivo cumprimento do plano de Deus para a humanidade.
“Como o Pai quer bem a esta humanidade, mesmo sendo pecadora, o dia de Natal é o dia da comemoração dos inícios: do início da história nova ou tempo de salvação, de regeneração do mundo”, afirmou o bispo do Porto, na homilia do dia de Natal.
CB