A quadra natalícia “dificilmente” deixa alguém “na indiferença em relação ao seu próximo”.
Coimbra, 26 dez 2024 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, considera que o Natal “abre-nos para o mundo das relações humanas e sociais” e “dificilmente deixa alguém na indiferença em relação ao seu próximo”.
“O mundo da interioridade pessoal, no Natal, abre-nos para o mundo das relações humanas e sociais e dificilmente deixa alguém na indiferença em relação ao seu próximo”, disse, na homilia do Dia de Natal, D. Virgílio Antunes.
Esta data é “muito especial” e a “pluralidade de sensações e de sentimentos” que traz às pessoas, à família e à sociedade, torna-se “muito benéfica” porque, “apesar de todas as distrações, nos centra no essencial de nós mesmos, das sociedades e da vida”, acentuou o bispo de Coimbra.
Se alguém “fica fechado em si” e “não consegue a abertura aos outros como irmãos”, o Natal “fica por acolher, mesmo que possa celebrar-se com muitas realizações padronizadas entre nós para este período do ano”, referiu na homilia.
Esta quadra é um “tempo de interiorização, de reflexão, de procura do sentido mais profundo das pessoas e das coisas” e dá a oportunidade “única de reacender as luzes frequentemente apagadas” da humanidade, “as luzes do coração”.
“É quase impossível passar o Natal sem o confronto interior com a fé, mesmo que os seus sinais sejam mais discretos do que nunca, dada a sobreposição de tantas outras manifestações culturais e sociais nascidas do secularismo acelerado”, realçou D. Virgílio Antunes.
Mesmo para quem “não professa a fé em Deus”, este tempo chega “carregado de interrogações, de desafios, de inquietações, que apontam para o desejo de superação, de infinito”, proferiu na homilia do Dia de Natal.
LFS