Igreja associa-se a Dia Mundial da Água

Lisboa, 22 mar 2012 (Ecclesia) – A celebração do Dia Mundial da Água, que hoje se assinala, deve promover a mudança de comportamentos “alimentares, higiénicos e industriais”, evitando o desperdício deste recurso, defende o padre José Augusto Leitão, da Rede Fé e Justiça Europa-África.

Em texto publicado pelo Semanário Agência ECCLESIA, este responsável aborda a importância da água para a “soberania alimentar”, na linha do tema escolhido pela ONU para a celebração deste ano.

“A água é de tal forma essencial para a sobrevivência de todo o ser vivo, que a sua falta motiva migrações, fomes, mortes, guerras e especulações no seu controlo e comercialização”, sublinha.

Bento XVI aludiu ao Dia Mundial da Água, no último domingo, pedindo um “uso responsável e solidário dos bens da terra, em benefício das gerações futuras”.

A intervenção papal recordou que o tema de 2012 sublinha “a ligação fundamental deste recurso precioso e limitado com a segurança alimentar”.

O Papa exortou a comunidade internacional a “garantir a todos um acesso equitativo, seguro e adequado à água”, promovendo assim “os direitos à vida e à nutrição de todos os seres humanos”.

A Santa Sé marcou presença no VI Fórum Mundial da Água que decorreu em Marselha, França, entre os dias 12 e 16 deste mês, e lançou um novo documento no qual apelou à ação “urgente” da comunidade internacional para assegurar o acesso à água por parte da população mundial, sublinhando que este não é “um bem meramente mercantil”, mas “público”.

Para o padre José Augusto Leitão, após este encontro internacional é urgente “garantir o acesso de todos à água potável e à soberania alimentar”.

“Isto supõe uma boa administração nacional e local, e a cooperação internacional no apoio ao desenvolvimento das regiões e países mais pobres e afetadas pela escassez de água”, sublinha.

O plano de ação passa ainda por “diminuir a emissão de gases com efeitos de estufa, baixar a poluição, assegurar o direito à terra, proteger as florestas e aquíferos e promover políticas energéticas que não coloquem em causa o acesso à água e à soberania alimentar”.

A Rede Fé e Justiça Europa-África foi criada em 1988 e reúne congregações religiosas e missionárias, femininas e masculinas que trabalham nos dois continentes.

OC

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