Igreja/Arquitetura: Faleceram Diogo Lino Pimentel e Luiz Cunha, figuras do Movimento de Renovação da Arte Religiosa

Diogo Lino Pimentel (E) e Luiz Cunha (D). Fotografia: Hugo Cruz/Gabinete de Comunicação e Imagem do ISCTE-IUL

Lisboa, 29 jan 2019 (Ecclesia) – Os arquitetos Diogo Lino Pimentel e Luiz Cunha, figuras ligadas ao Movimento de Renovação da Arte Religiosa, no século XX, faleceram, aos 84 e 85 anos de idade, respetivamente.

Diogo Lino Pimentel, falecido este domingo, foi sepultado hoje, no cemitério de São Pedro, em Sintra.

A Missa de corpo presente de Luiz Cunha, que morreu na segunda-feira, vai ser celebrada esta quarta-feira, às 14h00, na igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, sendo sepultado no cemitério de Carnide.

Diogo Lino Pimentel, membro fundador do MRAR (Movimento de Renovação da Arte Religiosa), foi diretor técnico do Secretariado das Novas Igrejas do Patriarcado de Lisboa, posteriormente Departamento das Novas Igrejas.

A Ordem dos Arquitetos lamenta, em nota oficial, o falecimento do profissional, seu membro honorário desde 27 de outubro de 2017.

, a “particular atenção à arquitetura religiosa”, com obras como a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, Angra do Heroísmo (1984-1985); Igreja do Seminário Dominicano do Olival, Aldeia Nova, Ourém (1964-1965); Igreja de Santo António, Santo António dos Cavaleiros, Loures (1966-1979); Igreja da Sagrada Família, Évora (1993).

Luiz Cunha, antigo membro do MRAR, foi autor de uma vasta obra entre a arquitetura sacre e artes plásticas; foi professor de Desenho Urbano e Arquitetura do Departamento de Arquitetura e Urbanismo do ISCTE-IUL.

A Ordem dos Arquitectos lamenta o falecimento de Luiz Cunha, homenageado com o título de membro honorário em 30 de outubro de 2014, por proposta de um grupo de membros que sublinharam a sua “originalidade, liberdade e elevado mérito do conjunto da sua atividade profissional”.

Entre as suas obras estão a Igreja de Cristo-Rei, na Portela de Sacavém (1983-1992); a Igreja de São Mamede, Negrelos, Santo Tirso (1961-65); a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, Porto (1966-72); ou a Igreja de Santa Joana Princesa, Aveiro (1971-76).

O percurso dos dois arquitetos, entre outros, está retratado na tese de doutoramento ‘O MRAR e os anos de ouro da arquitetura religiosa em Portugal no século XX’, de João Alves da Cunha (2014), na qual se recorda uma mudança no panorama da arte religiosa em Portugal, identificável num novo entendimento do papel social da Igreja, requerendo novos tipos de espaços face às conceções litúrgicas que viriam a ser consagradas no Concílio Vaticano II (1962-1965).

OC

O nascimento de uma nova arte religiosa

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