Igreja: Arcebispo de Braga conversou com reclusos do estabelecimento prisional, no projeto «Café com…»

«Deus olha para vós com muito amor e espera muito de vós», disse D. José Cordeiro aos reclusos de Braga

Foto Pastoral Penitenciária da Arquidiocese de Braga

Braga, 04 nov 2023 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga foi o convidado do projeto ‘Café com…’ e esteve a conversar com os reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga, esta sexta-feira, nesta iniciativa que é promovida pela Pastoral Penitenciária da arquidiocese.

“Deus olha para vós com muito amor e espera muito de vós. Espera que o que aconteceu de mal na vossa vida não se repita e que possais escrever coisas novas e belas nas vossas vidas. Que este tempo de reclusão não seja um tempo perdido, mas vos ajude a sonhar a serdes melhores pessoas para a vossa família e para a sociedade”, disse D. José Cordeiro, interpelado por um recluso sobre se Deus também olha para eles.

O arcebispo de Braga participou, esta sexta-feira, no projeto ‘Café com…’, promovido pela Pastoral Penitenciária da arquidiocese, onde esteve a conversar com os reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga.

“Estes encontros são muito importantes para os reclusos, são como uma liturgia, onde as relações ajudam a redesenhar a vida. Falar positivamente sobre a vida que se vive nas prisões é sempre um desafio”, salienta o coordenador da Pastoral Penitenciária na Arquidiocese de Braga, o padre João Torres.

D. José Cordeiro contou, aos reclusos católicos e de outras confissões religiosas que participaram nesta iniciativa, que “a vida de arcebispo é um desafio constante”, salientando que a arquidiocese minhota tem “muitas paróquias e inúmeras instituições e movimentos”.

“Tenho a necessidade de ir ao encontro das pessoas para conhecer as suas tristezas e alegrias. Foi isso que me trouxe hoje ao encontro convosco. Também rezo por vós”, acrescentou.

O coordenador da Pastoral Penitenciária na Arquidiocese de Braga informa que o arcebispo falou aos reclusos “com a linguagem evangélica que não se detém no pecado e na condenação”, mas que se abre “ao renascimento e ao perdão”, e encorajou-os a viverem o tempo na prisão como “um momento favorável para voltarem a si mesmas e encontrarem a verdadeira liberdade”.

No final deste ‘Café com…’, com os reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga, D. José Cordeiro cumprimentou cada um, perguntou sobre suas vidas, pelas suas famílias e locais de origem, transmitindo “esperança, proximidade, solidariedade, o desejo de estar ao lado deles neste difícil caminho que os espera”.

“O maior problema das prisões é o silêncio oficial e da inteligência moral deste país sobre o assunto. Somos omissos na nossa responsabilidade moral e anónimos na explicação dessa irresponsabilidade, que preferimos esconder de nós próprios”, acrescentou o padre João Torres, que é também o responsável pelo projeto ‘Mais Natal Priscos’ que prevê a inclusão social de reclusos.

O arcebispo bracarense realizou esta visita ao Estabelecimento Prisional de Braga acompanhado pelo padre João Torres, e foi recebido pelo diretor do Estabelecimento Prisional, António José Machado Soares, pela diretora-adjunta, Ana Maria Pacheco Gomes da Silva, pelas técnicas superiores de Reeducação e pelo chefe do corpo da Guarda Prisional; aos funcionários apelou que vivam esse trabalho com “espírito de serviço”.

CB

 

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