Catequista e avó destaca necessidade de divulgar e implementar encíclica ‘Laudato Si’, do Papa Francisco
Lisboa, 11 nov 2020 (Ecclesia) – A catequista e avó Adelaide Theotónio, membro da rede Cuidar da Casa Comum (CCC) disse à Agência ECCLESIA que, “desde a primeira hora” ficou “apaixonada” com as propostas deste projeto, que pretende incutir nas pessoas a conversão ecológica.
A encíclica ‘Laudato Si’ (2015), do Papa Francisco, lança propostas aos cidadãos sobre um futuro sustentável e ‘gritos’ ambientais que tocaram a economista Manuela Silva (1932-2019) – fundou, no âmbito da Fundação Betânia, a rede ‘Cuidar da Casa Comum’ – que colocou as questões ecológicas em primeiro plano.
“A rede nasceu da necessidade de divulgar a encíclica porque era pouco conhecida”, disse Adelaide Theotónio, em entrevista emitida no Programa ECCLESIA (RTP2), esta quarta-feira.
A necessidade de “aprofundar e transmitir o ensinamento desta encíclica” foi uma das premissas para a constituição deste grupo.
A criação de “focos de conversão ecológica” foi uma forma de aplicar as diretivas do documento do Papa Francisco que explica na encíclica que a conversão deve “ser individual, mas também comunitária”, precisou Adelaide Teotónio.
“Sem a dimensão comunitária e da rede comunitária” os objetivos dificilmente se realizam, acrescentou.
Os focos de conversão ecológica estão “semeados por vários pontos do país” e devem estar “ligados a todos os tipos de instituições”.
A ideia é que estes testemunhos possam “contagiar” outros com os ensinamentos do Papa Francisco.
Nascida no âmbito da Fundação Betânia, a Rede CCC quer envolver entidades, grupos, instituições, congregações religiosas ou paróquias para uma sensibilidade especial para com o cuidado da terra e a sua sustentabilidade.
“Temos de pensar na parte humana, social e cultural”, disse, Adelaide Theotónio, para quem é possível “viver com muito menos e recriar novos estilos de vida”.
Ao nível da alimentação, a entrevistada considera “escandaloso que um terço dos alimentos produzidos seja desperdiçado”.
“Combater o desperdício alimentar” é algo que os cidadãos podem fazer, aconselha este membro da CCC.
Passados três anos da constituição da rede, Adelaide Theotónio faz uma “avaliação positiva” dos trabalhos realizados, em prol da ecologia integral.
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