Igreja: 44º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica desafiou à ligação entre culto e oração (c/vídeo)

Especialistas sublinham necessidade de valorizar dimensão espiritual das celebrações

Fátima, 27 jul 2018 (Ecclesia) – O 44º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica (ENPL), dedicado ao tema “Espiritualidade e Liturgia”, chegou hoje ao fim em Fátima, com apelos à ligação entre culto e oração.

Dom Bernardino Ferreira da Costa, abade do mosteiro de Singeverga, falou aos participantes sobre “A beleza da liturgia”, sublinhando a importância de atender aos binómios “intimidade” e “Liturgia”, oração e culto.

“Os cristãos sentem-se, muitas vezes, divididos entre estas duas tendências”, precisou o religioso beneditino.

“Não compreendemos, não vivemos a Liturgia como oração”, advertiu ainda.

Para o especialista, a Liturgia é “aquela oração que não pode ser separada com a exterioridade”, pelo que o corpo, como “lugar do gesto e da exterioridade”, não pode ser visto como uma prisão.

Já o cónego Luís Manuel Pereira da Silva, do patriarcado de Lisboa e professor da Faculdade de Teologia da UCP, abordou a ‘vivência espiritual da Eucaristia’, que apresentou como “a fonte das várias espiritualidades”, o “dom maior que Jesus deixou à sua Igreja”.

“Não precisamos de mais, apenas de tomar a Liturgia da Eucaristia, ler os seus documentos, vivenciá-los, celebrar bem”, realçou.

O sacerdote jesuíta José Frazão Correia convidou os presentes a recuperar a “espiritualidade, a vida no Espírito, a mística na Liturgia, hoje de forma particular, com um cuidado maior no modo de fazer”.

“Cabe-nos fazer bem o gesto para que este realize melhor, para não termos sequer necessidade de explicar o sentido espiritual”, sustentou.

Para o provincial da Companhia de Jesus em Portugal, o culto que agrada a Deus “é um modo de vida, um modo de fazer que se realiza tanto na vida como na Liturgia”.

O 44º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica reúne cerca de 900 participantes, entre os quais mais de 800 são leigos, 80 padres e 12 diáconos; os quatro bispos da Comissão Episcopal de Liturgia participam também no decorrer dos trabalhos, assim como os colaboradores do Secretariado Nacional de Liturgia, do Serviço Nacional de Musica Sacra e do Serviço Nacional de Acólitos.

OC

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