ICNE encerra ciclo iniciado em 2003

Experiência do Congresso conclui-se em Budapeste, mas prosseguirá noutras moldes e noutras cidades da Europa Concluiu-se hoje em Budapeste, capital da Hungria, o ciclo do Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE) que passou, em diversas sessões anuais, por Viena (2003), Paris (2004), Lisboa (2005) e Bruxelas (2006). A sessão húngara, que decorreu ao longo da última semana, seguiu o plano concebido pela decisão colectiva dos Cardeais de quatro cidades europeias – Viena, Paris, Lisboa e Bruxelas – com o apoio da Comunidade Emanuel, a que posteriormente se juntou Budapeste. O programa da missão na cidade seguiu, ao longo destes anos, um modelo bastante semelhante: de manhã, um conjunto de conferências, testemunhos de fé e celebrações litúrgicas; à tarde, animação de rua, concertos, ateliers e outras actividades de evangelização junto de um público alargado. Desta feita, as conferências versaram sobre os temas da fé, o amor, o martírio, a alegria, a esperança e o futuro. Estas sessões matinais, na Basílica de Santo Estêvão, contaram com a participação de centenas de pessoas. As tardes incluíram workshops nos espaços da Universidade Católica e uma série de eventos oferecidos pelas paróquias e movimentos, seja nas igrejas, seja nas ruas da capital húngara. Para os mais jovens houve um programa específico, de que se destacou o sucesso do Festival Gospel, no terraço de um Centro Comercial. Hoje de manhã, os Cardeais reuniram-se numa mesa-redonda que se centrou, sobretudo, na relação entre a Igreja e o mundo, destacando a especificidade da mensagem católica, que é necessário anunciar às pessoas do nosso tempo. Numa intervenção sublinhada por aplausos, o Cardeal-Patriarca defendeu que “perdemos demasiado tempo a discutir se Deus existe ou não, procurando compreende-lo. No fundo, para mim, o mais importante é aprender a viver com ele, mesmo se não o compreendemos”. Significativamente, os participantes provinham de 10 países diferentes. O final deste ciclo do ICNE, de facto, não implica o fim da experiência: a Cruz da Missão já partiu para Varsóvia, que se deverá associar a outras cidades (há candidatos do Reino Unido, Croácia e Espanha) para prosseguir esta experiência evangelizadora, ainda que noutros moldes. Neste sentido, a Equipa Internacional do ICNE vai reunir-se em Viena, no próximo mês de Dezembro, para um balanço destas cinco sessões e para perspectivar novas missões na cidade. Bento XVI manifestou a sua consideração pelo dinamismo gerado através das sessões do Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE), considerando ser justo que “este evento seja justamente sublinhado e oportunamente recordado”. Lisboa Tendo participado nas cinco sessões do ICNE, o Pe. Tony Neves, director do sector da Animação Missionária do Patriarcado de Lisboa, refere à Agência ECCLESIA que houve sempre, ao longo destes anos, “uma preocupação de que a Missão fosse para todos”. Este responsável destaca a capacidade de “rezar e cantar com todos os ritmos, com todos os instrumentos”. Relativamente ao impacto que o ICNE poderá ter, de futuro, na vida da Igreja em Lisboa, o Pe. Tony Neves indica que “existe a convicção de que é necessário insistir em formas clássicas”, nas áreas da catequese e da liturgia, por exemplo, mas também “inventar novas formas de chegar às pessoas”. “Essa criatividade vai ter de continuar a existir. Algumas iniciativas que aqui foram testadas poderão funcionar, mormente o sair à rua com expressões culturais de altíssima qualidade”, acrescenta. Esta Quinta-feira, D. José Policarpo presidiu à Eucaristia em Budapeste. Na sua homilia, o Patriarca pediu que “a caridade, a missão e a alegria” se tornem “sinais de um testemunho”. Apelando à participação de todos os cristãos neste esforço evangelizador, o Cardeal lisboeta disse que “de uma valorização correcta dos carismas depende, em larga medida, o entusiasmo e a vitalidade da missão, vivida na alegria de se sentir empenhados na missão do próprio Cristo”. “Quando assumimos a missão como participação na missão de Cristo, mesmo quando se perde a vida, participamos na alegria do Senhor, fruto da sua fidelidade. Alegria e missão estão profundamente ligadas, porque nelas a nossa fé se transforma em caridade e é o amor que salva o mundo”, completou, indicando que “a evangelização não é uma tarefa, é uma paixão de amor”.

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Agência ECCLESIA

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