Congresso cumpre última e quinta etapa centrado no futuro. Uma centena de lisboetas marcam presença Iniciou-se este Domingo, em Budapeste, a quinta sessão do Congresso Internacional da Nova Evangelização (ICNE), desta feita subordinada ao tema “Dar-vos-ei uma esperança e um futuro”. Esta última etapa prologa-se até 23 de Setembro. A delegação portuguesa é presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, que dirigirá a sua palavra ao Congresso na manhã do próximo dia 20 de Setembro sobre a “Vivência da Alegria na Nova Evangelização”. Bento XVI nomeou o Cardeal Camillo Ruini, vigário papal para a Diocese de Roma, como seu enviado especial às celebrações conclusivas da “Missão nas cidades da Europa”. O Cónego Carlos Pais, responsável diocesano pela participação portuguesa no ICNE, falou à Agência ECCLESIA antes da partida e falou de uma fidelização no grupo de participantes. Das cerca de 100 pessoas “muitas são repetentes”, refere o responsável, sintoma da envolvência no projecto pastoral que tem uma “marca profética muito grande de dinâmica de evangelização”. Budapeste é o último passo do “primeiro ciclo, pois temos a noção que para lá dos frutos que foram deixados nas cidades que acolheram o ICNE, está também a estender-se a outros países alguns europeus, outros mais longe”. Os organizadores refutam autoridade para propor a continuação desta dinâmica mas o interesse tem sido manifestado, assim como a presença sistemática de representantes de outros locais nas várias sessões do ICNE. O amor, o martírio, a alegria, a esperança e o futuro orientam os dias dos congressistas em Budapeste. O tema da quinta sessão do ICNE é “Dar-vos-ei um futuro de esperança”, tema que remete para “uma ponte que queremos construir entre o presente e o futuro”, aponta o Cón. Carlos Pais. O plano das missões na cidade foi concebido pela decisão colectiva dos Cardeais de quatro cidades europeias – Viena, Paris, Lisboa e Bruxelas – com o apoio da Comunidade Emanuel. A primeira missão na cidade foi organizada em Viena em Maio de 2003. A segunda foi em Paris em 2004. O Cardeal Peter Ërdo anunciou, no Pentecostes de 2003, o programa da missão na arquidiocese entre 2003 e 2005, e anunciou o congresso-missão de 2007. O programa conhecido como missão na cidade cobre duas vertentes principais à semelhança das experiências de Viena e Paris. A primeira é o “Congresso para a Nova Evangelização” que é um importante programa de evangelização em locais emblemáticos notáveis, durante alguns dias, e com diferentes tipos de encontros e programas, coordenados num programa central que abrange, por exemplo, a liturgia, sessões académicas do congresso, testemunhos, colóquios, introduções, etc. São partilhadas as experiências de evangelização de pessoas, de diferentes lugares, e o estilo de vida e valores dos cristãos é apresentado a um público alargado. A segunda vertente é a “missão na cidade”, em sentido mais estrito, que tem como aspecto central ser constituída por programas locais de evangelização cuja característica é ser “opcional” perante as diferentes actividades e possibilidades das paróquias. Evangelização de rua, festival de arte, liturgia, missões sociais, acontecimentos desportivos, concertos, colóquios, e muitos outros programas podem ser incluídos. Os principais organizadores são as paróquias, as instituições católicas e os movimentos. A acentuação intelectual e espiritual é posta no encontro pessoal com Jesus e na renovação da ligação com ele, isto em ambas as vertentes. O público, os programas e o método de organização são diferentes nas duas vertentes mas a coordenação e a cooperação entre elas é essencial. Os relatórios de Viena e Paris apontam para uma grande capacidade e um período longo de preparação. É também necessária uma grande infra-estrutura material, técnica e de recursos humanos, para além da preparação intelectual e espiritual. Cada cidade tem a sua própria história, o seu próprio rosto, embora em termos do clero encontremos espantosas semelhanças na situação das cidades. É por isso que nós os Cardeais das cidades decidiram tentar a evangelização das cidades juntando as experiências de cada um e unindo os seus esforços.