Haiti: Claretianos ao lado das vítimas

O Pe. Hector Cuadrado, Superior Maior dos Claretianos nas Antilhas, fez um relato da situação no terreno após o terramoto que atingiu o Haiti. Este responsável foi até à República Dominicana com o objectivo de entrar no Haiti, constatando então que na fronteira estão a ser atendidos muitos feridos.

Um espaço multiusos recém-inaugurado pelos Claretianos na Rep. Dominicana é já um refúgio para os feridos que precisam de atenção médica. Dois médicos e duas enfermeiras vieram desde Porto Rico para ajudar os profissionais dominicanos nesta missão solidária. Nos próximos dias deverá chegar mais uma dezena de médicos.

A entrada no Haiti, segundo este testemunho enviado à AIS, decorreu sem qualquer dos protocolos ou exigências habituais, dado que “qualquer ajuda, por pouca que seja, seria importantíssima, nestas horas difíceis.

A chegada a Port-au-Prince demorou 3 horas, de carro, o dobro do que seria normal. No centro da capital haitiana, os religiosos claretianos puderam constatar que a imensa maioria dos edifícios tinha sido destruída. Em Delmas, puderam encontrar os seus confrades, que manifestaram uma mistura de sentimentos: dor, frustração, confusão, alegria por nos verem, gratidão.

O Pe. Cuadrado indica que “os nossos dormem fora de casa, no pátio, onde acolheram alguns conhecidos e vizinhos que perderam tudo”.

Na paróquia de Santo António Maria Claret, os religiosos depararam-se com um cenário de destruição: 10 anos de trabalho atirados ao chão pela força da natureza. Mas o essencial permanece: “são a nossa gente, a nossa gente!”

As pessoas andam sem rumo, pelas ruas, improvisam refúgios em parques, terrenos, parques de estacionamento, gasolineiras.

Muitos seminaristas haitianos não sabem nada sobre o destino das suas famílias, uma situação muito dura para eles. Os seus superiores pedem orações e que todos os acompanhem espiritualmente.

Departamento de Informação da Fundação AIS

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top