País lusófono chamado às urnas para escolher novo presidente
Bissau, 24 nov 2019 (Ecclesia) – Os líderes religiosos da Guiné-Bissau publicaram uma mensagem de “paz, reconciliação e harmonia” no contexto das eleições presidenciais deste domingo.
O texto alertava para “tendências vincadas de instrumentalização religiosa e étnica; uso frequente de linguagem violenta, desrespeito dos princípios democráticos, recurso à difamação e desinformação, vontade deliberada de dividir para reinar”.
A mensagem foi assinada pelos bispos católicos de Bissau e Bafatá, pelo Conselho das Igrejas Evangélicas, o Conselho Nacional Islâmico, o Conselho Superior Islâmico e a Associação de Imames da Guiné-Bissau.
No documento enviado à Agência ECCLESIA, os líderes religiosos realçam que “tudo contraria” a “grande aspiração” do povo ter uma “classe política que esteja ao seu serviço e preocupada unicamente com o bem comum”.
Mais de 760 mil eleitores são hoje chamados às urnas, para escolher o novo presidente.
Os líderes religiosos pedem que os Órgãos de Soberania se “pautem pelo estrito cumprimento das leis”, que a Comunicação Social respeite a “sua deontologia” com uma informação que “promova a verdade, estimule a disciplina, a ordem, o respeito” e favoreça um clima de justiça e paz social.
Os responsáveis incentivam também ao voto, que “pode provocar mudanças positivas” ao “reforçar” a cultura democrática, a cidadania responsável e a “unidade nacional”, nas eleições presidenciais, vistas como a “única solução” dos problemas da Guiné-Bissau.
“É o momento em que o povo manifesta o seu desejo de colocar na direção do país líderes carismáticos, coerentes e prudentes que fundamentam as suas ações nos princípios morais e aplicam-nos”, desenvolvem sobre esse momento “privilegiado” para a manifestação pública da cidadania.
Para além da mensagem, os líderes religiosos da Guiné-Bissau divulgaram também uma oração inter-religiosa pela paz no contexto das eleições.
CB
Oração dos lideres religiosos da Guiné-bissau