Guimarães: Arcebispo de Braga associou-se a «meia-maratona de fé», com os peregrinos da Lapinha

«É uma jornada desafiante. É cansativa, mas é encantadora» – D. José Cordeiro

Guimarães, 19 jun 2023 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga presidiu este domingo à peregrinação da ‘Ronda da Lapinha’, na freguesia de Calvos, em Guimarães, e associou-se à “meia-maratona de fé”, percurso secular que leva o andor por 21 quilómetros.

“É uma jornada desafiante. É cansativa, mas é encantadora, é uma experiência inesquecível”, disse D. José Cordeiro ao jornal ‘Diário do Minho’, numa intervenção divulgada pela Arquidiocese de Braga.

O arcebispo de Braga realizou metade do percurso da secular ‘Ronda da Lapinha’, conhecido por ‘meia-maratona de fé’, onde o andor mariano é transportado ao longo de 21 quilómetros, na segunda vez que visitou o Santuário da Senhora da Lapinha, na encosta do Monte da Penha (Monte de Santa Catarina), e, ao lado dos peregrinos viveu esta experiência religiosa entre a freguesia de Calvos e a igreja de Nossa Senhora da Oliveira, no centro histórico da cidade de Guimarães.

“Sentir o pulsar da alma do povo neste espírito de Ronda e não tanto naquela peregrinação mais clássica é especial e dá muito que pensar, porque aqui temos a interligação entre a religiosidade e a piedade popular a partir da liturgia”, assinalou.

Nesta tradição, dos finais do século XVII, os romeiros pediram boas colheitas e agradeceram as graças concedidas, D. José Cordeiro regressou, pelo segundo ano, “com renovada alegria”, e destacou a adesão de “tantas e tantas pessoas a peregrinar”, desde a manhã de domingo.

É um caminho de livre iniciativa, além desta proposta para a grande multidão e esta é mesmo a metáfora da Igreja, sempre de portas abertas, onde todos têm lugar, onde todos podem expressar a sua fé, a partir do seu coração e da presença de Deus na sua própria história. Os que participam sentem esta presença afetiva e efetiva do povo santo de Deus”.

Segundo o arcebispo de Braga, a cada peregrinação, “apesar do esforço e exigência do caminho”, os peregrinos têm que “voltar melhores, dando o contributo ao bem comum e à paz”, querendo construir juntos a mesma e única Igreja, porque todos são “importantes e poucos para afirmar o sinal da presença de Deus no mundo”.

O ‘Diário do Minho’ informa que a ‘Ronda da Lapinha’ tem mais de quatro séculos e, pela primeira vez na história, um arcebispo primaz de Braga presidiu à peregrinação, e “encheu de alegria e orgulho” a Irmandade da Lapinha.

“Esta Ronda da Lapinha é muito especial porque, de facto, esta é a primeira vez, conforme os registos históricos confirmam, que um arcebispo primaz presidiu à peregrinação, realizando este caminho connosco ao fim de mais de quatro séculos. Este dia é, assim, histórico, fica para a história e é mesmo muito emblemático para nós”, disse a juíza da Irmandade.

Fátima Dias explica que para a Irmandade da Lapinha a “grande honra” traz “também uma responsabilidade” de querer “sempre fazer mais e melhor”.

A peregrinação deste domingo, 18 de junho de 2023, foi uma “jornada fantástica e muito especial”, todos viveram uma “experiência única”, e, segundo a juíza, recuperam “a expressão e afluência do período pré-pandemia”, lê-se no sítio online da Arquidiocese de Braga.

‘Todos juntos, com Maria mãe do amor, somos morada de Deus…’, foi o tema da peregrinação da Ronda da Lapinha, acolhida pela Paróquia de São Lourenço de Calvos, no Arciprestado de Guimarães e Vizela.

CB/OC

 

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