Guerra Colonial: «Que os vivos releiam os factos à luz da liberdade e democracia», pede bispo das Forças Armadas

D. Januário Torgal Ferreira assinalou hoje 50 anos do início daquele conflito, pedindo mais apoio para os antigos combatentes

Lisboa, 15 Mar (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas assinalou hoje os 50 anos do início da Guerra Colonial pedindo maior apoio para os antigos combatentes e defendendo uma visão mais “democrática” sobre aquele período histórico.

“Que os vivos releiam hoje os factos e as intervenções da humanidade à luz do respeito pela dignidade humana, das lições da liberdade e da democracia, da qual se continua a ter medo” sublinhou D. Januário Torgal Ferreira, durante uma celebração no Mosteiro dos Jerónimos.

O prelado relembrou “os valores de um Estado de direito”, que incluem a “excelência de uma cultura da igualdade de oportunidades, que nunca da bancarrota, dos desmandos, da incompetência e da anarquia mental”.

O bispo das Forças Armadas e da Segurança alertou para a necessidade de apoiar os antigos combatentes da guerra colonial.

“É um problema nacional herdado da guerra do Ultramar. Sempre que se falar da guerra do Ultramar tem que se falar em solucionar a questão dos antigos combatentes. Em vez de paixões, de agressividades retóricas, de gente que se exalta não sei porquê, bem mais consequente seria lançar mão aos sofredores e aos injustiçados”, disse D. Januário Torgal Ferreira.

A Guerra Colonial começou a 15 de Março de 1961, depois de uma revolta iniciada pela União das Populações de Angola, no norte do país.

Durante 13 anos, até ao 25 de Abril de 1974, o conflito custou a vida a mais de 8 mil combatentes, estendendo-se também a Moçambique e à Guiné-Bissau.

Lusa/JCP

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