Guarda: «Temos obrigação de defender e valorizar o Domingo» – D. Manuel Felício

Bispo celebrou com as comunidades o Dia da Igreja Diocesana

Foto Jornal A Guarda

Guarda, 05 jun 2018 (Ecclesia) – O bispo da Guarda sublinhou no Dia da Igreja Diocesana a urgência de preservar o Domingo enquanto tempo privilegiado para a manifestação da fé em família e em comunidade.

Na homilia do evento, enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. Manuel Felício salientou que “o Domingo e a celebração da Eucaristia ocupam lugar central na vida dos cristãos, tanto pessoal como comunitária”.

Aquele responsável católico destacou ainda o Domingo como uma oportunidade de “paragem” no meio de todos os todos os “afazeres quotidianos”, mas também de “formação na fé” e de desafio ao encontro com as pessoas, “sobretudo àquelas que se sentem mais abandonadas”.

“Por estas e outras razões, temos obrigação de defender e valorizar o Domingo como instituição da Fé Cristã e ao serviço do bem total das pessoas, da sua verdadeira humanização”, apontou D. Manuel Felício na Catedral da Guarda.

Numa altura em que a Diocese da Guarda está a entrar numa “caminhada sinodal” para perspetivar o futuro da Igreja Católica na região, nos próximos anos, o bispo aproveitou este dia para “enunciar alguns sonhos que hão de alimentar” este percurso.

Desde logo a necessidade das paróquias e comunidades se transformarem em autênticas “escolas de fé”, abertas também ao “mandato missionário” deixado por Cristo.

“Este sonho só se poderá cumprir se formos capazes de desenvolver e organizar bem a rede dos serviços e ministérios em toda a nossa Diocese”, sustentou D. Manuel Felício, que garantiu especial atenção e empenho ao desenvolvimento das vocações, de todos os “ministérios ordenados”, nomeadamente “sacerdotais e diaconais”.

“Mas temos também de cuidar bem dos outros ministérios, sobretudo oferecendo-lhes a formação e o acompanhamento a que eles têm direito”, acrescentou.

Outro ponto que o bispo da Guarda quis reforçar foi a importância de promover “comunidades abertas umas às outras e à Igreja Diocesana e Universal, bem como às grandes necessidades do mundo e da sociedade”.

“Nunca é demais lembrarmos as recomendações que nos faz o Papa Francisco sobre a Igreja que deve ser sempre uma Igreja em saída, para as periferias da pobreza, mas também da ignorância e das muitas outras dimensões da marginalidade que   infelizmente continuam a fazer sofrer as pessoas”, prosseguiu o responsável católico.

Neste contexto, a Diocese da Guarda está apostada em avançar com a criação de “núcleos de dinamização missionária nas comunidades”.

Para D. Manuel Felício, é essencial “motivar” também as várias paróquias a uma “relação” de abertura e “cooperação com as comunidades vizinhas”, pois “é evidente” que essa cultura ainda precisa de ser trabalhada.

No que toca aos diversos setores pastorais em atividade na diocese, o próximo ano pastoral vai ser dedicado à “rede de catequistas”, com o intuito de “rever as formas de lhes dar a necessária formação e acompanhamento”.

“A própria catequese dos primeiros anos não pode deixar de incluir a vertente da responsabilidade missionária, atendendo às orientações superiores sobre a infância missionária”, completa o bispo.

JCP

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